Pedro Gouveia Alves, presidente do Montepio Crédito, em entrevista ao Jornal Económico, explica como a queda histórica, registada em abril, nas vendas de veículos em Portugal altera a concessão de novos financiamentos ao sector automóvel.
O crédito e o leasing automóvel são produtos ‘estrela’ do Montepio Crédito. Mas a crise da Covid-19 alterou o ritmo do financiamento à compra ou à utilização de viaturas. As áreas de negócio foram afetadas?
Temos três linhas de negócio, com pesos diferentes. O financiamento automóvel; o financiamento às empresas de transportes e logística; e o segmento de crédito pessoal. Mais de 80% do nosso financiamento é originado via parceiros de negócio. Depois temos uma pequena parte que é de financiamento direto aos clientes particulares. Mas o negócio que nós fazemos é um negócio muito B2B e B2C, via parceiros de negócio. Portanto, toda a atividade está muito dependente destes canais de distribuição, baseados em intermediários de crédito que são o comércio automóvel, por um lado, e nos fornecedores e importadores de equipamentos dos transportes de mercadorias e das frotas de pesados, e equipamentos que dizem respeito à fileira da logística, o que representa pouco mais de um terço da nossa carteira.
De que forma caracteriza abril, o mês do confinamento?
No mês de abril a atividade foi marcada pela evolução negativa do sector automóvel. A matrícula de veículos automóveis em abril baixou significativamente. Se considerarmos todas as viaturas que representam o nosso financiamento, em termos homólogos, em abril de 2020, o mercado caiu 85% na totalidade dos veículos. Se considerarmos só os veículos ligeiros de passageiros, a queda foi de 87%, correspondente a 2.749 vendas, quando as vendas normais andariam acima das 20 mil unidades. Isto é uma queda histórica.
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