O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, discursou no encerramento da quinta Cimeira do Turismo Português, esta segunda-feira, 28 de setembro e pediu aos portugueses que equacionassem passar férias em Portugal a longo prazo.
“Não tenham pressa em conhecer o resto do mundo, tenham pressa em conhecer melhor Portugal”, apelou o Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa é da opinião que os portugueses “foram extraordinários ao viajarem este verão, ao percorrerem o país, ao contribuírem para preencher uma parte do vazio deixado pelos estrangeiros que não vieram, ao não irem para o estrangeiro ficando em Portugal, ao descobrirem maravilhas em Portugal”.
“O apelo é muito simples, continuem a fazer o mesmo daqui até ao fim do ano e na passagem de ano e o mesmo daí até à Páscoa se tiverem férias ou tiverem uns dias”, disse Marcelo Rebelo de Sousa acrescentando: “Ao planearem as férias de verão do ano que vem, continuem a pensar como estão a pensar este ano”.
Além do pedido aos portugueses, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que a recapitalização do turismo “pode e deve ser feito com a ajuda do sistema bancários” salientando que este tipo de apoios “são importantes para as empresas em matéria tributária em termos de moratórias , mas ao mesmo tempo o que é fundamental para o emprego, que é fundamental para os trabalhadores, mas é fundamental para a realidade global que são as empresas, para não terem além de se reinventarem, reinventarem com novos trabalhadores”
O Presidente da República considerou “bom que estejamos no final de setembro, olhar para as lições de junho, julho e agosto, é bom. Isso exige uma grande atenção de quem decide , mas também uma grande estabilidade , uma grande solidariedade institucional e uma grande capacidade das medidas serem compreendidas não só pelo universo politico, mas pelo universo social e naturalmente pelos portugueses”.
Quanto a lições a retirar, Marcelo Rebelo de Sousa destacou que “o turismo não pode, por razões estranhas ao setor, ter o arranque tão forte e tao duradouro quanto seria desejável”.
“É um sacrifício em termos de emprego, de angústia e de incerteza para os trabalhadores, é, tem sido , mas o que é facto é que há uma preocupação comum que é passarmos estes seis meses, chegarmos a abril, maio do ano que vem na transição para o verão e podermos dizer: isto já é diferente”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
Desta forma, o Presidente da República espera que no próximo verão se possam admitir mudanças por existir uma “capacidade de financiamento externo muito superior. É diferente porque os sinais de retoma já são mais prolongados e mais fortes”.
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