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NASA aponta Algarve como a região portuguesa mais crítica face às alterações climáticas

As temperaturas na ordem dos 35 graus Celsius, combinadas com a humidade relativa elevada a 100%, vão mudar a vida em várias regiões do globo nos próximos 30 a 50 anos, de acordo com uma investigação da NASA. Em Portugal, a maior ameaça recai sobre o Algarve mas não só.
17 Julho 2024, 16h15

As alterações climáticas são um fenómeno amplamente estudado pelos cientistas nas últimas décadas. Neste contexto, um estudo da NASA conclui que há várias cidades que, entre os próximos 30 a 50 anos vão deixar de reunir as condições de vida que hoje conhecemos.

A análise aponta para contextos nos quais a humidade relativa esteja fixada em 100%, ou seja, mesmo quem melhor se adapta a estes ambientes não conseguiria realizar as suas atividades normais à temperatura ambiente.

Por cá, o cenário não é o mais preocupante, mas não deixa de levantar alertas. A zona mais crítica é a do Algarve, onde as temperaturas podem atingir 29 graus Celsius (a par da humidade relativa a 100%). Seguem-se as regiões de Lisboa, Alentejo e o noroeste do país, no qual se incluem os distritos de Porto, Braga e Viana do Castelo.

De resto, um estudo recente do Banco Europeu de Investimento indica que os portugueses estão entre os que mais sabem sobre o tema.

Em termos globais, há situações substancialmente mais alarmantes. As regiões do sul asiático, o Golfo Pérsico e o Mar Vermelho parecem ser aquelas que vão ser palco de cenários preocupantes num futuro mais próximo, com as temperaturas a ultrapassarem os 35 graus Celsius de forma regular por volta de 2050.

Seguem-se, de acordo com as estimativas, o Este da China, algumas partes do sudeste asiático e o Brasil, em 2070.

A situação é de tal forma preocupante que já chegou a algumas das instituições mais altas, como é o caso das Nações Unidos. Recentemente, o secretário-geral da ONU, António Guterres, assinalou a importância de fazer frente ao que descreve como “inferno climático”.

De referir que análises recentes têm apontado para a temática das alterações climáticas poder contribuir para o despoletar de “guerras alimentares”, por recursos como comida e água.

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