O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, defendeu hoje que ou a NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) muda, porque “o mundo mudou”, ou então “já não tem razão para existir”.
“Outrora, o centro do mundo era o Oceano Atlântico, agora, o centro do mundo já não é os Estados Unidos e a União Europeia, é o mundo – tudo o resto com que se deve construir uma relação -, e a NATO tem de mudar para se adaptar à nova realidade, ou já não tem razão para existir”, declarou o ministro italiano, à margem de uma conferência em Pádua.
“Se a NATO nasceu para garantir a paz e a defesa mútua, ou se torna algo profundamente diferente, uma organização que assume essa tarefa, dialogando com o Sul do mundo, ou não alcançaremos o objetivo de ter segurança dentro de regras que se aplicam a todos”, acrescentou Crosetto.
Na próxima cimeira da organização, entre 24 e 26 de junho, em Haia, nos Países Baixos, os Estados-membros debaterão o aumento da despesa com Defesa, insistindo os Estados Unidos que o investimento dos países europeus nunca deve ser inferior a 5% do Produto Interno Bruto (PIB).
A cimeira decorre numa altura em que a Aliança Atlântica se depara com a continuação da guerra na Ucrânia, a incerteza relativamente aos objetivos estratégicos dos Estados Unidos na NATO e aos contornos da ordem de segurança euro-atlântica.
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