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NAV Portugal: “Solução robusta” para atrasos passa pela construção de novo aeroporto

“Por muitas mitigações e melhorias que se possam ser feitas, e a ANA – Aeroportos de Portugal tem estado a fazer alguns investimentos para melhorar as condições de pista, inclusive o alargamento do Pier Sul, uma solução robusta passa pela construção de um novo aeroporto”, afirmou Pedro Ângelo, presidente da NAV Portugal, durante o programa Conversa Capital.
25 Maio 2025, 18h48

O presidente da NAV Portugal, Pedro Ângelo, defendeu em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios que os atrasos no Aeroporto de Lisboa só serão resolvidos com a transição para a nova infraestrutura aeroportuária, alertando que que os slots estão “completamente preenchidos”.   

“Por muitas mitigações e melhorias que se possam ser feitas, e a ANA – Aeroportos de Portugal tem estado a fazer alguns investimentos para melhorar as condições de pista, inclusive o alargamento do Pier Sul, uma solução robusta passa pela construção de um novo aeroporto”, afirmou o responsável durante o programa Conversa Capital, acrescentando que, neste momento, é preciso “aprender a viver com alguns atrasos”. 

Quanto à falta de slots, Pedro Ângelo alerta que o país “perde muito com as atuais condições que tem no aeroporto em termos de angariação de novas companhias e de novas rotas”. “Aquilo que temos é, em termos de slots nas semanas, nos períodos de pico, as horas completamente preenchidas. Não há slots por atribuir”.

“Temos companhias relevantes, inclusive do Médio Oriente, que neste momento não conseguem entrar na operação em Lisboa porque às horas que pretendem voar os slots estão completamente preenchidos. O aeroporto de Lisboa neste momento em termos de ocupação de slots está completamente alisado. Temos os slots completamente preenchidos desde as 6 da manhã até às 22h/23h”, explicou.

Quanto ao Aeroporto Luís de Camões, depois de muitos anos de discussões, reivindicações e propostas de localização, o presidente da NAV Portugal admite ter “muita fé que desta vez seja possível haver o consenso na sociedade para levar esta grande obra pública avante”.

Quanto aos investimentos que a entidade pública terá de efetuar na nova infraestrutura aeroportuária, estão em causa equipamentos de navegação aérea e uma nova torre, cuja construção deverá custar entre 10 e 15 milhões de euros, revelou.

Passando aos atrasos esperados em época de verão, Pedro Ângelo fez saber que está em cima da mesa a possibilidade de os controladores aéreos não terem férias nesse período de forma a ser acautelada a capacidade máxima disponível.  

“O secretário de Estado das Infraestruturas tem promovido reuniões regulares com os stakeholders mais importantes do setor para preparar o verão e otimizar medidas que mitiguem as situações de atrasos e perturbação”, acrescentou.

 

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