A NAV – Navegação Aérea de Portugal geriu menos 87 mil voos no terceiro trimestre deste ano face ao período homólogo de 2019, menos 136,6 mil voos em termos absolutos, o que representa uma quebra de 60,4% em comparação com os mesmos três meses do ano passado.
De acordo com os responsáveis da NAV, este comportamento foi em grande parte sustentado “na recuperação de tráfego que se fez sentir em julho e agosto”.
“Apesar da evidente quebra em comparação com 2019, certo é que os números do terceiro trimestre trouxeram uma relevante melhoria face ao registado no segundo trimestre de 2020, o período mais ‘castigado’ pelo impacto da pandemia na aviação”, explica um comunicado da NAV.
Segundo os responsáveis da empresa pública encarregue do contrlo do tráfego aéreo em Portugal, “entre abril e junho do corrente ano, a NAV tinha gerido 17,9 mil movimentos nos céus portugueses, menos 91,4% que no mesmo período de 2019”.
No entender da NAV, o tráfego aéreo recuperou em julho e agosto, “mas arrefeceu em setembro”, pelo que as perspectivas estão longe de serem animadoras para o que sobra de ano.
“Contudo, e apesar do bom registo do terceiro trimestre face ao período imediatamente anterior, é de sublinhar que o trimestre fica negativamente marcado pela inflexão na trajectória de recuperação que o tráfego estava a encetar desde abril, com os números de setembro a trazerem uma nova realidade para a evolução do tráfego. Depois de em abril os voos no espaço aéreo sob responsabilidade portuguesa terem caído quase 95%, para 4.018 movimentos, os meses que se seguiram foram sempre de melhorias mensais, incluindo julho e agosto”, explica o comunicado em questão.
De tal forma que, “em julho, a NAV Portugal controlou 25,6 mil voos, menos 66,7% que no mesmo mês de 2019, mas três vezes mais que no mês anterior”.
“Já em agosto, o total cresceu para 34,7 mil (-55%). Esta tendência de crescimento mensal, porém, travou com a chegada de setembro, com a incerteza relativamente à evolução da pandemia e a dificuldade em harmonizar políticas entre Estados em relação ao transporte aéreo, factores penalizadores da recuperação do tráfego. Em setembro, a NAV geriu 29,4 mil voos, menos que o total de agosto, e 59% abaixo do mesmo mês de 2019”, assinalam os responsáveis da empresa que gere o controlo de tráfego aéreo em Portugal.
De acordo com esta nota, “a inflexão da tendência de recuperação em setembro não se fez apenas sentir nos céus sob responsabilidade portuguesa, tendo mesmo sido uma constante na evolução do tráfego em toda a rede Eurocontrol, o que levou a revisões em baixa das perspectivas para os próximos meses, pois o recente agravamento do total de casos e a eventual imposição ou reimposição de medidas de contenção por parte dos Estados continuarão a penalizar o tráfego aéreo, além de outras actividades sociais e económicas”.
O comunicado em causa esclarece que o total de voos geridos pela NAV, ou ‘movimentos’, inclui não apenas os voos com origem/destino em aeroportos portugueses, mas também aqueles que sobrevoam o espaço aéreo sob responsabilidade portuguesa – que totaliza mais de 5,8 milhões de quilómetros quadrados.
O espaço de controlo de tráfego aéreo da NAV está dividido em duas regiões de informação de voo (RIV), a RIV de Lisboa, com 671.000 quilómetros quadrados, que engloba Portugal Continental e a Madeira; e a RIV de Santa Maria, com 5,18 milhões de quilómetros quadrados, que inclui uma vasta área do Oceano Atlântico Norte e os Açores.
A NAV conta com uma equipa de cerca de mil técnicos altamente que asseguram a segurança de passageiros e aviões 24 horas por dia, 365 dias por ano.
Além dos centros de controlo de tráfego aéreo de Lisboa e Santa Maria, a NAV gere as torres de controlo de Lisboa, Porto, Faro, Funchal, Porto Santo, Santa Maria, Ponta Delgada, Horta, Flores e Cascais.
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