O crítico do Kremlin, Alexei Navalny, foi nomeado, esta segunda-feira, para o prémio anual de direitos humanos do Parlamento Europeu, enquanto legisladores da União Europeia procuram manter os holofotes sobre a sua rede pró-democracia, que foi proibida na Rússia antes das mais recentes eleições, avança a “Reuters”.
“É vital que nós, no Parlamento Europeu, afirmemos o nosso apoio implacável a Navalny e enfatizemos que o seu bem-estar é responsabilidade do [Vladimir] Putin”, disse Peter van Dalen, legislador holandês de centro-direita da União Europeia sobre a nomeação do opositor do Kremlin que continua preso na Rússia.
Navalny, que foi envenenado em agosto de 2020 e muitos atribuem o sucedido ao presidente russo, cumpre uma sentença de dois anos e meio por violações da liberdade condicional. A União Europeia impôs sanções aos oficiais russos pelo envenenamento e prisão de Navalny e milhares e russos chegaram a invadir as ruas da Rússia a pedir a libertação do ativista.
O Prémio Sakharov de 50 mil euros que celebra a Liberdade de Pensamento, em homenagem ao dissidente soviético Andrei Sakharov, é concedido todos os anos. O vencedor será anunciado no dia 21 de outubro, com a entrega de prémios agendada para dezembro. Outros nomeados para 2021 incluem um grupo de mulheres afegãs proeminentes, a política boliviana Jeanine Anez e a organização não governamental de direitos humanos Global Witness, com sede no Reino Unido.
Em anos anteriores venceu o presidente sul-africano Nelson Mandela, a oposição democrática da Venezuela e a ativista educacional paquistanesa Malala Yousafzai.
A nomeação de Navalny surge cerca de uma semana depois de o partido do atual presidente russo (Rússia Unida) Vladimir Putin ter conseguido obter maioria parlamentar. Com 85% dos votos contados, a Comissão Eleitoral Central decretou que o partido de Putin somava quase 50% dos votos.
De recordar que os aliados do político e ativista Alex Navalny foram impedidos de concorrer devido a novas leis, criadas por Putin, e alguns dos apoiantes do maior crítico do Kremlin foram detidos antes das eleições, tendo sido registados mais de 400 presos políticos.
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