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Nave espacial indiana chega à órbita lunar

A nave foi lançada a partir da base de descolagem Sriharikota, no sudeste indiano, a 22 de julho, uma semana depois da primeira tentativa de lançamento ter tido problemas técnicos e adiado.
20 Agosto 2019, 17h25

Chandrayaan-2, a segunda nave indiana para explorar a Lua, chegou esta terça-feira à órbita lunar, quase um mês depois de descolar. Começou a orbitar às nossas 4:32, completando a manobra em cerca de meia hora, de acordo à Organização Indiana de Investigação Espacial (ISRO).

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, congratulou e desejou a melhor sorte no Twitter à equipa do ISRO pelo passo importante nesta viagem histórica: entrar na órbita lunar com a Chandrayaan 2.

A nave foi lançada a partir da base de descolagem Sriharikota, no sudeste indiano, a 22 de julho, uma semana depois da primeira tentativa de lançamento ter tido problemas técnicos e adiado.

A missão custou o equivalente a 131 milhões de euros, e o objetivo é, além de orbitar a Lua, ser a primeira a aterrar um lander no seu polo sul, e ainda a partir do lander libertar um pequeno rover para explorar às redondezas até meio quilómetro da alunagem. A nave ainda terá de fazer algumas manobras nos próximos dias até o seu lander tentar alunar a 7 de setembro como acredita que conseguirá K Sivan, diretor da ISRO.

Onze anos após a primeira missão lunar indiana, Chandrayaan-1, que não alunou, mas executou primeira e mais detalhada pesquisa de água na Lua, usando radares, a sua sucessora vai tentar aterrar no polo pouco explorado e focar-se na superfície, principalmente na procura de água e minerais e medindo tremores de lua.

A Índia precisou do seu foguetão mais potente nesta missão, o Veículo de Lançamento Geossíncrono de Satélite Mark III (GSLV Mk-III), pesando 640 toneladas e medindo 44 metros de altura. O orbitador pesa 2,4 toneladas e tem uma validade de um ano, indo fotografar a Lua. E o Lander, chamado Vikram em homenagem ao fundador da agência espacial, pesa 1,2 toneladas e o Rover, que só deverá aguentar-se 14 dias, irá dentro do Vikram e pesa apenas 27 quilogramas. Chama-se Pragyan que quer dizer sabedoria em sânscrito.

A viagem para percorrer os 384 mil quilómetros até a Lua, demorou seis semanas, muito mais que os quatro dias da missão Apolo em 1969, para poupar combustível e não ser necessário um foguetão tão potente, o Saturn V que levou o Homem à Lua continua o maior e mais potente foguetão alguma vez construído. Para chegar a Lua foi, então, usada uma rota mais longa em que circulou várias vezes a Terra e aproveitou a sua gravidade como fisga de arremesso por não ser possível um trajeto direto até a Lua.

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