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Negociadores encontram-se no Cairo para discutir plano de paz de Trump para Gaza

Os Estados Unidos apresentaram um plano, com 20 pontos, para colocar fim ao confronto entre o Hamas e Israel que coloca também término ao conflito na Faixa de Gaza.
5 Outubro 2025, 13h36

Negociadores do Hamas, Israel, e Estados Unidos, devem encontrar-se no Cairo, este domingo, para discutir o plano de paz proposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que pretende colocar fim ao conflito entre Israel e o Hamas acabando também com os confrontos na Faixa de Gaza.

Quer Hamas e Israel deram sinais, no sábado, de aceitaram os termos norte-americanos pelo menos no que diz respeito à libertação de reféns.

Do lado do Hamas foi dito que aceitavam iniciar “de imediato” as negociações que permitiriam libertar todos os reféns. Do lado do gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, foi referido, que perante a posição do Hamas, Israel “estava a preparar-se para implementar imediatamente” a primeira fase do plano de Trump para a libertação imediata de todos os reféns.

No sábado, salienta a CNN, o Hamas também mostrou-se preparado para entregar a governação de Gaza a “uma autoridade palestiniana de independentes (tecnocratas) com base no consenso nacional palestiniano e com apoio árabe e islâmico”.

Trump referiu, através da Truth Social, que considerava que o Hamas “estava pronto para uma paz duradora” enquanto apelava a que Israel interrompa os bombardeamentos de Gaza de modo a que seja possível resgatar os reféns.

Recorde-se que Donald Trump tinha estabelecido, na rede social Social Truth, sexta-feira como o dia limite para que o Hamas aceita-se o seu plano de paz para Gaza, sob risco de o “caos se instalar contra o Hamas”.

O plano norte-americano, que abrange 20 pontos, inclui um cessar-fogo, o desarmamento do Hamas, troca de reféns por prisioneiros palestinianos detidos por Israel, uma retirada gradual de Israel de Gaza, e o estabelecimento de um governo de transição liderado por uma entidade internacional.

Este mesmo plano inclui também o fim de todas as operações militares a partir do momento em que Hamas e Israel aceitem o acordo.

É ainda incluído no plano ajuda humanitária à Faixa de Gaza através de entidades como as Nações Unidas e as suas agências e também outras instituições internacionais não associadas ao Hamas palestiniano ou a Israel.

De acordo com o canal francês BFMTV este plano norte-americano inclui ainda uma proposta que permite reconstruir e revitalizar Gaza com vista ao desenvolvimento económico da região. O executivo dos Estados Unidos salienta que já existem proposta de investimento e projetos imobiliários apresentados por grupos internacionais que agora devem ser revistos com o objetivo de criar emprego e oportunidades no local.

O plano estabelece também que Gaza seja governada por um comité palestiniano “apolítico”, composto por “palestinianos qualificados e especialistas internacionais”. Aqui inclui-se um comité de paz liderado e presidido por Donald Trump, com outros membros e chefes de Estado, onde se encontra o ex-primeiro-ministro britânico, Tony Blair.

Os norte-americanos, através deste plano, chamam também a si a responsabilidade por promover um diálogo entre israelitas e palestinianos de modo a que se chegue a um acordo que permita uma “coexistência pacífica e próspera” na região.

A BFMTV diz ainda que o plano norte-americano estabelece também que Gaza seja uma zona desmilitarizada.


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