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Negócios com empresas portuguesas ascendem aos 4,8 mil milhões no primeiro semestre

O número de transações registou assim uma diminuição de 3%, em comparação com o mesmo período de 2022, bem como – em teoria – uma redução homóloga de 14% na quantidade de capital mobilizado. Já as rondas de investimento de capital de risco têm estado a aumentar.
11 Julho 2023, 08h53

O mercado transacional português contabilizou, nos primeiros seis meses de 2023, 263 transações e movimentou 4,8 mil milhões de euros, sendo que só pouco mais de um terço dos negócios (39%) teve os seus valores revelados ao mercado, segundo o relatório mais recente elaborado pela plataforma tecnológico-financeira Transactional Track Record (TTR Data).

O número de transações registou assim uma diminuição de 3%, em comparação com o mesmo período de 2022, bem como – em teoria – uma redução homóloga de 14% na quantidade de capital mobilizado em operações de M&A (Mergers & Acquisitions) no país, entre anunciadas e concluídas.

O negócio destacado pela TTR no mês passado foi a compra da Ferreira de Sá pela Artá Capital por 70 milhões de euros. A aquisição e venda contou com a assessoria jurídica em lei portuguesa da Cuatrecasas Portugal e o apoio financeiro do Arcano Partners, KPMG e Deloitte, que fez a due diligence.

No entanto, o ranking de escritórios em 2023 continua neste momento a ser liderado pela Morais Leitão (número) e PLMJ (valor), com doze deals e 1,7 mil milhões de euros, respetivamente. Na tabela dos assessores financeiros, encabeça a CBRE Portugal (número) e o trio composto pelo Banco Itaú BBA, BTG Pactual e Morgan Stanley (valor), com duas operações e mil milhões de euros, pela mesma ordem.

Em termos de geografias, Espanha e França foram os países que mais investiram em Portugal no primeiro semestre, contabilizando 35 e 17 operações, respetivamente. Já os portugueses escolheram também Espanha (14) e Brasil (oito). Por outro lado, as empresas norte-americanas contraíram em 33% as suas aquisições no mercado português.

Em relação às indústrias, o sector do imobiliário foi o mais ativo entre janeiro e junho, com 42 transações, tendo os serviços de Tecnologias da Informação (TI), Internet e software ficado na segunda posição, com 38 operações de M&A.

Nestes últimos seis meses, registaram-se 28 transações de private equity, representando um crescimento de 12% no número em comparação ao mesmo período de 2022. “Em venture capital, foram realizadas 67 rondas de investimentos e um total de 251 milhões, representando um crescimento de 26% no número de transações”, de acordo com o documento, enquanto na categoria de asset acquisitions (compras de ativos), foram 55 transações de 606 milhões, menos 23% em número.

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