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“Ninguém hoje sabe se daqui a três semanas não vamos ter a variante x”, diz António Costa (com áudio)

Em entrevista ao Jornal “Público”, o primeiro-ministro rejeitou que a pior fase da Covid-19 já tenha passado pelos “fatos de imprevisibilidade”, como é o caso das variantes.
5 Março 2021, 09h44

O primeiro-ministro, António Costa, admitiu, esta sexta-feira, 5 de março, que o surgimento de novas variantes poderia acontecer nas próximas semanas, afastando assim a ideia de que a pior fase da crise pandémica já passou.

“Tal como ninguém em outubro sabia que íamos ter a variante inglesa, ninguém hoje sabe se não vamos ter daqui a três semanas a variante x que pode alterar profundamente este panorama”, apontou António Costa em entrevista ao Jornal “Público”. “Não é uma visão pessimista é ser realista”, acrescentou.

O primeiro-ministro aproveitar ainda a ocasião para corrigir a perceção de que o pior da Covid-19 já passou. “Nunca disse que o pior já passou, nem do ponto de vista sanitário, nem do ponto de vista económico e social, porque há fatores de imprevisibilidade que ninguém pode negar”, explicou o primeiro-ministro.

O discurso de António Costa está alinhado com o da Diretora Geral de Saúde, Graça Freitas, que avisou em entrevista à RTP, que “uma nova escalada do vírus está em cima da mesa, mesmo com a vacina”. “O vírus sofre mutações. Não estamos livres disso, apesar da vacina. E não sabemos quanto tempo vai durar a imunidade, se vai proteger contra novas variantes ou como vai funcionar a imunidade natural”, sublinhou.

As preocupações que levantam António Costa e Graça Freitas sobre as novas variantes não são descabidas, sendo que o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge revelou, a 3 de março, que a variante britânica representou cerca de 60% dos casos de Covid-19 em fevereiro.

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