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Nissan elimina nove mil postos de trabalho depois de quebra nas vendas

A Nissan, terceira maior fabricante do Japão, reduziu a sua previsão de lucro operacional anual em 70%. É a segunda revisão em baixa este ano, depois do corte de 17% no início do ano. 
Nissan
7 Novembro 2024, 09h14

O fabricante automóvel japonês Nissan vai cortar nove mil postos de trabalho em todo o mundo e reduzir em 20% a capacidade de produção, anunciou a empresa, na sequência de uma quebra nas vendas.

O grupo reviu em baixa as suas previsões de receitas e lucros operacionais para o exercício financeiro de 2024.

“Confrontada com a gravidade da situação, a Nissan está a tomar medidas urgentes para recuperar o seu desempenho e criar uma empresa mais ágil e resiliente”, refere o fabricante japonês, em comunicado.

A Nissan, terceira maior fabricante do Japão, reduziu a sua previsão de lucro operacional anual em 70%, passando agora para 150 mil milhões de ienes (905 milhões de euros). Trata-se também da segunda revisão em baixa este ano, depois do corte de 17% no início do ano.

“As projeções atualizadas antecipam que a receita líquida será de 12,7 biliões de ienes [76,6 mil milhões de euros]. O lucro operacional deve atingir 150 mil milhões de ienes. O lucro líquido ainda está a ser determinado devido à avalição contínua dos custos necessários para os esforços de recuperação planeados”, sustenta a empresa em comunicado.

A fabricante nipónica assume ainda que o lucro líquido do segundo trimestre caiu 200 mil milhões de ienes (1,2 mil milhões de euros), revelando um prejuízo de 9,3 mil milhões de ienes (56 milhões de euros).

Por sua vez, o lucro operacional do mesmo período caiu 85% para 32,9 mil milhões de ienes (198 milhões de euros), um valor que fica abaixo do consenso dos analistas.

“A Nissan vai reestruturar os seus negócios para se tornar mais resiliente, ao mesmo tempo que reorganizará a gestão para responder de forma rápida e flexível às mudanças no ambiente de negócios”, apontou o CEO, Makoro Uchida, no comunicado dos resultados.

As vendas globais da Nissan recuaram 3,8% para 1,59 milhões de veículos no primeiro semestre, resultado que se deveu à queda de 14,3% na China. Também as vendas nos EUA caíram perto de 3% até aos 449 mil automóveis. Estes são dois mercados que respondem por quase metade das vendas globais da Nissan.

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