Desde que Donald Trump assumiu a presidência norte-americana que muitas estrelas de Hollywood têm anunciado a sua saída dos Estados Unidos. Contudo, apesar de conseguirem afastar-se do domínio de Trump, não conseguem escapar da receita federal do país, segundo o jornal “Expansión”.
O ator Richard Gere, conhecido pelo filme ‘Pretty Woman’, foi um dos que anunciou a sua saída do país ainda antes de Donald Trump chegar à Casa Branca. O ator vendeu a sua casa no Connecticut por 10,75 milhões de dólares e mudou-se para Madrid. Mais tarde, Trump chegou à presidência e outras celebridades expressaram a sua vontade de ficar a um oceano de distância de Trump.
Um desses casos é o da apresentadora Ellen DeGeneres e da sua mulher, Portia de Rossi, que, aquando da vitória de Trump, compraram uma casa no Reino Unido, para onde se mudaram assim que foi declarada vitória do republicano. Ellen e Portia tomaram a decisão de se afastar do país e de vender todos os seus bens imobiliários, incluindo a mansão onde viviam na Califórnia, por 5,2 milhões de dólares.
Esta mudança para a Europa, que recebeu as estrelas de braços abertos, não é, ainda assim, suficiente para que estas celebridades escapem aos impostos de Trump. Isto porque a lei norte-americana difere das restantes, fazendo com que não tenha qualquer peso o facto de se viver fora do país durante um dia ou um ano e obrigando os norte-americano a pagar impostos ao Tesouro dos Estados Unidos para o resto da vida.
Esta regra norte-americana aplica-se não só aos cidadãos de nacionalidade norte-americana como aos que possuem um Green Card.
Todavia, esta regra não faz com que se tenha de pagar tributações a dobrar, ou seja, nos Estados Unidos e no país onde se reside atualmente, uma vez que os acordos bilaterais evitam esta dupla tributação. No entanto, nem todos os países têm estes acordos, pelo que é preciso ‘escolher’ bem o país.
Um exemplo é o da atriz Eva Longoria, que se ‘fartou’ dos Estados Unidos e, juntamente com o seu marido, decidiu mudar-se ou para um país europeu ou da América Latina. No entanto, apesar da maioria dos países europeus ter estabelecidos acordos bilaterais com os Estados Unidos, o mesmo não acontece na América Latina.
Apesar de existirem maneiras de evitar a dupla tributação, estas nem sempre cobrem 100% e podem levar a reclamações, tanto da parte dos Estados Unidos como do país anfitrião.
Mesmo que haja um acordo com o país, é sempre recomendável que os interessados o leiam, para saberem o que realmente foi estabelecido entre os dois países.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com