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NOS afunda 7,85% em bolsa depois de cortar nos dividendos

Como a dívida financeira líquida da NOS situou-se nos 1.094 milhões de euros, representando 1,9x do EBITDA – “um rácio conservador face às congéneres do setor”, segundo a telecom -, e face à perspetiva de investimento no 5G, a NOS decidiu cortar na remuneração dos acionistas.
  • Presidente executivo da NOS, Miguel Almeida
21 Fevereiro 2020, 09h28

Os títulos da NOS afundam 7,85%, para 4,10 euros, na sessão do principal índice bolsista português (PSI 20) esta sexta-feira, depois de ter reportado um cortar os dividendos relativos aos resultados de 2019, divulgados hoje antes do início das negociações na bolsa portuguesa.

A operadora liderada por Miguel Almeida reportou lucros de 143,5 milhões de euros, o que se traduz num aumento de 4,2% face a 2018, mas as receitas cresceram muito pouco devido ao impacto da redução das tarifas de terminação (que fez abrandar as receitas de telecomunicações) e devido à ” diminuição de consumo de canais desportivos premium”. Ainda assim, como a dívida financeira líquida da NOS situou-se nos 1.094 milhões de euros, representando 1,9x do EBITDA – um rácio conservador face às congéneres do setor, segundo a telecom -, e face à perspetiva de investimento no 5G, a NOS decidiu cortar na remuneração dos acionistas.

Vai entregar aos acionistas, ainda assim, todos os lucros, o que corresponde a 27,8 cêntimos por ação. “Esta remuneração acionista mais conservadora permite assegurar maior flexibilidade financeira, garantindo ainda assim um retorno atrativo de 6,2% por ação”, escreveu o presidente executivo da NOS, Miguel Almeida na “Mensagem do CEO” que acompanha o documento dos resultados anuais.

“O Conselho de Administração da NOS aprovou uma proposta de dividendo por ação de 27,8 cêntimos de euro, representando 100% do resultado consolidado líquido gerado em 2019 e um dividend yield de 6,2% à data desta divulgação de resultados. Pese embora a estrutura de capital da NOS ainda se encontre dentro do limiar de 2x a Dívida Financeira Líquida / EBITDA após leasings, e a robustez do desempenho operacional e financeiro, o conselho de administração aprovou uma proposta de dividendo que seja mais consentânea com as limitações atuais em torno da visibilidade das potenciais implicações operacionais e financeiras dos termos do próximo leilão de espetro 5G, que apenas serão conhecidos mais tarde, no decorrer deste ano. A proposta de dividendo está sujeita a aprovação final na Assembleia Geral de Acionistas que se realizará em 16 de abril de 2020″, lê-se no documento da divulgação dos resultados.

https://jornaleconomico.pt/noticias/lucros-da-nos-crescem-42-para-1435-milhoes-de-euros-em-2019-550294

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