Depois de ter aberto uma linha de financiamento sustentável, através da emissão de 100 milhões de euros em papel comercial do espanhol BBVA, no final de 2020, a NOS voltou ao mercado e levantou 150 milhões de euros em linhas de financiamento sustentável. A empresa liderada por Miguel Almeida contratou a emissão de dívida indexada a desempenhos de sustentabilidade aos bancos Millennium bcp, BBVA e BPI, foi esta quinta-feira anunciado.
De acordo com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a maturidade da dívida é atingida em 2026. Já numa nota de imprensa, a NOS dá conta que, após ter sido a primeira telecom nacional a relacionar custos de financiamento com desempenho em matéria de sustentabilidade, reforça agora o “compromisso com as questões ambientais, sociais e de governação”.
As linhas de financiamento sustentável “contribuem positivamente para o custo médio da dívida da NOS, que se encontra em patamares muito atrativos face às suas congéneres nacionais e europeias” adianta o operador. Acresce a possibilidade de “diversificação dos instrumentos de financiamento e alongamento de maturidades”.
No caso do Millennium bcp, os termos da emissão estão relacionados com o rating do CDP – Carbon Disclosure Project, atualmente no nível ‘A-‘, uma classificação que coloca a NOS no escalão “leadership band“, o que significa que o operador está acima da média regional europeia e da “média do sector de Media, Telecom and Data Center Services, classificados com ‘C'”.
Já com o BBVA e com o BPI, os termos da emissão estão relacionados com “objetivos de target de sustentabilidade”, que “passam pela redução da pegada de carbono da operação própria (emissões de âmbito 1 e 2) em 50% até 2025, em relação a 2015, e pelo consumo de 65% de eletricidade proveniente de fontes renováveis, também até 2025”.
“Os compromissos definidos enquadram-se na estratégia de sustentabilidade da NOS”, assegura a empresa de telecomunicações.
A NOS apresenta um rácio de endividamento dívida financeira líquida / Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização [EBITDA] após leasings de 1,5x (a 31 de março de 2021). A empresa refere que se trata de um “valor bastante abaixo das outras empresas do sector das telecomunicações, o que demonstra a solidez ímpar do seu balanço consolidado”.
No final de dezembro de 2020, a dívida financeira líquida da NOS ascendia a 802 milhões de euros, o que se traduz numa redução da dívida em 26,7% face a dezembro de 2019. No final do primeiro trimestre de 2021, a dívida financeira líquida situava-se nos 783,4 milhões de euros, menos 26,2% do que no final de março de 2020. O valor representava 1,5x o EBITDA após leasings.
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