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NOS tem ambição de ser reconhecida líder na cibersegurança

Ao Jornal Económico (JE), Duarte Sousa Lopes, responsável pela CyberInspect, diz que a empresa estima “que o mercado endereçável seja, a prazo, superior a 100 mil empresas com exposição digital, as quais irão gradualmente reconhecer a importância de entender o risco a que estão expostas e vão querer agir para reduzir as suas vulnerabilidades”.
4 Junho 2025, 07h00

A NOS anunciou esta semana a sua entrada numa nova área de negócio: a cibersegurança. A meta é clara e já está definida: “Temos a ambição de ser reconhecidos como líderes neste espaço.”

Em declarações ao Jornal Económico (JE), Duarte Sousa Lopes, responsável pela CyberInspect, afirma que a empresa estima “que o mercado endereçável seja, a prazo, superior a 100 mil empresas com exposição digital, as quais irão gradualmente reconhecer a importância de entender o risco a que estão expostas e quererão agir para reduzir as suas vulnerabilidades.”

De acordo com o mesmo responsável, a “escala do cibercrime tem mostrado um crescimento exponencial, sem que as empresas se sintam preparadas.” Na Europa, apenas cerca de 15% das pequenas e médias empresas (PME) se sente preparada para um ataque. “Portugal não é excepção”, sublinhou.

Direcionado para empresas, o projeto começou a ser pensado há dois anos e materializa-se numa plataforma de testes de cibersegurança.

“A CyberInspect nasce da experiência da NOS em cibersegurança, transformação digital e serviços para empresas”, destaca o responsável.

Segundo Duarte Sousa Lopes, o projeto “foi inspirado pelo facto de vermos um grande fosso entre o nível de risco a que as empresas estão expostas, devido às vulnerabilidades que apresentam, e a sua capacidade de reconhecer esse risco e agir para o reduzir. Isto resulta da escassez de recursos e ferramentas especializadas a que muitas empresas de pequena e média dimensão não têm acesso, bem como da complexidade do mercado para quem procura soluções. Por outro lado, vemos um potencial redirecionamento dos ataques para estes alvos menos protegidos, utilizando tecnologias de automação e inteligência artificial.”

A regulação também é um ponto levantado por Duarte Sousa Lopes. “Verifica-se um aumento significativo da exigência regulatória no âmbito da cibersegurança, o que implica que as empresas se preparem para corresponder.”

O que é a CyberInspect? “É uma plataforma de testes de cibersegurança que permite a qualquer empresa descobrir as suas vulnerabilidades e entender o nível de risco em que incorre ao ter a sua marca, produtos e serviços expostos na Internet. Fazemos isto de forma inovadora ao agregar os testes mais relevantes numa única plataforma de fácil acesso e com uma experiência muito simples, apoiando o cliente ao longo do processo e ajudando na identificação das medidas de redução de risco a tomar. Isto aplica-se a websites, lojas de comércio eletrónico, aplicações web e, de forma geral, a processos expostos à Internet. Adicionalmente, iremos ajudar as empresas a fazer face às obrigações regulatórias”, explica.

Quanto à aposta da NOS nesta plataforma, Duarte Sousa Lopes afirma ao JE que foi feito “um investimento muito significativo, assente no trabalho de mais de dois anos de uma equipa ampla, baseada na expertise em cibersegurança e digital existente na NOS.”

E como é que esta área diferencia a NOS das suas congéneres? “Esta é uma abordagem completamente inovadora em relação a tudo o que existe em Portugal, porque reúne numa só plataforma os principais testes e torna muito fácil e simples a sua utilização. Por um lado, podemos informar as empresas sobre quais são os testes mais relevantes para elas, reduzindo substancialmente o nível de complexidade para quem procura este tipo de soluções.”

 

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