A maioria dos bancos centrais da zona euro, incluindo o português, vai reter as notas de 500 euros que cheguem à sua posse já a partir do próximo dia 27 de janeiro, no âmbito da decisão do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) tomada a 4 de maio de 2016.
“A partir de 27 de janeiro, os bancos centrais nacionais da área do Euro, incluindo o Banco de Portugal, deixarão de emitir notas de 500 euros – com a exceção dos bancos centrais da Alemanha e Áustria, países onde esta denominação é mais frequentemente utilizada e cuja data de final de emissão será 27 de abril”, explicou fonte do Banco de Portugal (BdP) ao Jornal Económico.
Em meados de fevereiro de 2016, o presidente do BCE confirmou que estava a considerar retirar de circulação as notas de 500 euros, dias depois de os governos dos 28 Estados da União Europeia instarem a Comissão Europeia a discutir essa hipótese com o supervisor bancário.
“As notas de 500 euros são vistas cada vez mais como um instrumento de atividades ilegais, e é nesse contexto que estamos a considerar ações”, disse, na altura, Mario Draghi, perante o Comité de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, reunido em Bruxelas.
Cerca de três meses depois, o Conselho do Banco Central Europeu optou oficialmente por parar a produção de notas de 500 euros, atendendo aos receios de que estas notas possam ser utilizadas para facilitar atividades ilícitas. Ainda assim, o BdP assegurou que não era necessário trocar quaisquer notas e que os cidadãos poderiam continuara a utilizar as notas de 500 euros sem restrições, incluindo para fazerem pagamentos.
“As notas de 500 euros existentes mantêm o curso legal e, por conseguinte, é possível continuar a utilizá-las como meio de pagamento e reserva de valor. De igual modo, as instituições de crédito, as agências de câmbio e outras entidades comerciais podem continuar a recircular as notas de 500 euros existentes”, explica, por sua, vez o BCE.
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