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Nove em cada dez portugueses já sentiram impactos da crise climática

Este estudo da DECO PROteste, que envolveu 1.500 pessoas em Portugal, revela ainda que 70% dos inquiridos consideram que a adoção de um estilo de vida mais sustentável é “demasiado dispendioso ou simplesmente inatingível”.
21 Março 2025, 09h00

Um estudo da DECO PROteste indica que nove em cada dez portugueses defende que já sentiu o efeito da crise climática, 56% disse que já notou alterações em locais que considera importantes, e 44% sentiu os seus efeitos, ainda que indiretamente.

Este estudo diz ainda que a vontade de agir sobre esta temática encontra barreiras no custo tendo em conta que 70% diz que a adoção de um estilo de vida mais sustentável é “demasiado dispendiosa ou simplesmente inatingível com os seus recursos atuais”.

A isto junta-se 54% que acha que a falta de apoios e subsídios agrava esta situação e 25% considera que o Governo está a fazer o suficiente para apoiar os cidadãos nas alterações climáticas.

Mas existem aspetos positivos. “A maioria já incorporou hábitos mais amigos do ambiente no seu quotidiano, como a escolha de alimentos da época (89%), a reciclagem (84%) e a redução do consumo (84%). Na mobilidade, o recurso a transportes públicos (49%) ou à bicicleta (29%) ganham terreno, sendo que 90% defende um aumento do investimento na rede de transportes públicos”, diz o estudo da DECO PROteste.

O estudo mostra ainda que existem também preocupações regionais específicas. “No Algarve, a escassez de água, agravada pelo aumento do consumo de energia e pela diminuição da intensidade da chuva, é uma realidade cada vez mais premente. Já no Norte, a disponibilidade de alimentos parece estar a diminuir”, salienta o estudo.

“Os consumidores estão despertos para a urgência climática e com isso sentem a vontade de adotar estilos de vida mais sustentáveis, mas para tal, é preciso que tenham condições para isso. Mesmo que a mudança possa começar em casa de cada um, incentivos e apoios devem estar mais acessíveis assim como informação clara sobre as vantagens destas mudanças “, disse a porta-voz da DECO PROteste, Mariana Ludovino.

O inquérito para este estudo decorreu no final de 2024 tendo sido recolhidas respostas em quatro países (Bélgica, Espanha, Itália e Portugal). Em Portugal foram inquiridas 1.500 pessoas.

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