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Novo aeroporto. “Não consigo entender como não se toma uma decisão”, refere Francisco Calheiros

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal assume que deve ser escolhida a estrutura mais capaz, sendo que no seu entender essa opção seria o Montijo, por ser “o mais rápido, barato e que está negociado com a ANA”.
4 Outubro 2023, 13h02

A questão do novo aeroporto de Lisboa continua a ser um dos principais pontos de preocupação para o sector do turismo português face à demora na escolha da sua nova localização. “Não consigo entender como é que não se toma uma decisão e esta indefinição”, referiu Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) durante o evento “Outlook 2024” que se realiza esta quarta-feira, 4 de outubro, na Nova SBE e que marca o sétimo aniversário do “Jornal Económico”.

Veja a entrevista completa a Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, no evento “Outlook 2024”:

O líder da CTP assume também que não percebe porque não se opta pela escolha do Montijo.”Escolham a estrutura que acharem mais capaz, mas se a decisão couber numa infraestrutura onde não há nada, como Alcochete, em 12 não está nada construído. Montijo é o mais rápido, barato e é o que está negociado com a ANA”, afirmou, acrescentando que qualquer outra escolha tem de ser negociada com a ANA “e isso vai demorar anos”.

Para Francisco Calheiros o tema do aeroporto é “um problema um gigantesco”, dado que Portugal está a recusar milhares de turistas todos os anos e com isso a trazer consequências para o país.

“O aeroporto de Lisboa é uma infraestrutura fundamental para o país e determinante para o turismo. Lisboa é um distribuidor de turistas e já não se pode esticar mais a Portela. Toda a população sabe que não há capacidade para os turistas aterrarem”, salientou.

Sobre o relatório de curto prazo para a Portela apresentado esta semana, o presidente da CTP revelou sentir uma grande desilusão. “Mas é outra vez na Portela onde não é possível esticar mais. Um estudo de impacto ambiental demora anos. A Associação Zero já disse que mais obras na Portela nem pensar”, sublinhou.

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