[weglot_switcher]

Novo Banco vai tentar recuperar os créditos da Ongoing e Sogema pela via judicial

“Quando fizemos o concurso de venda de créditos deixámos a possibilidade de saída de dez tipos de crédito, alguns deles fomos nós que usámos essa possibilidade, porque entretanto surgiram compras individuais mais entusiasmantes e melhores, mas há outros que foram retirados pelo próprio Fundo de Resolução, que considerou que os valores obtidos na venda eram muito baixos”, realçou António Ramalho.
Cristina Bernardo
28 Fevereiro 2020, 22h03

António Ramalho, CEO do Novo Banco, durante a apresentação de resultados anuais, falou dos créditos incobráveis da Sogema (com o valor original de 550 milhões de euros), da Ongoing (350 milhões mais 240 milhões em papel comercial) e da Prebuild (252 milhões), que foram retirados do Nata II a pedido do Fundo de Resolução que também exigiu a retirada do mesmo portefólio, dos créditos do Grupo Tiner (169 milhões), do Grupo Tricos (82 milhões) e do Fundo de Investimento Tavira (nove milhões).

“Quando fizemos o concurso de venda de créditos deixámos a possibilidade de saída de dez tipos de crédito, alguns deles fomos nós que usámos essa possibilidade, porque entretanto surgiram compras individuais mais entusiasmantes e melhores, mas há outros que foram retirados pelo próprio Fundo de Resolução, que considerou que os valores obtidos na venda eram muito baixos”.

“Em relação aos créditos que havia a possibilidade do Fundo de Resolução solicitar a sua saída dos portefólios em venda, naturalmente isso significou uma opção pela via judicial”, disse António Ramalho que remete para “daqui a alguns anos”, saber se a solução melhor foi aquela que vai ser introduzida (a da via judicial), “ou se tinha sido aquela que nós tínhamos proposto, que era a venda do crédito num portefólio”.

O Fundo de Resolução autorizou o Novo Banco a vender a carteira de malparado Nata II, mas impôs várias condições para dar “luz verde” à operação. O Fundo de Resolução exigiu que fossem retirados alguns créditos problemáticos como o da Sogema, de Bernardo Moniz da Maia, da Ongoing, de Nuno Vasconcellos, ou da construtora Prebuild, justificando que o valor oferecido pelo comprador da carteira era baixo.

Os créditos incobráveis da Sogema (com o valor original de 550 milhões de euros), da Ongoing (350 milhões mais 240 milhões em papel comercial) e da Prebuild (252 milhões), foram retirados do Nata II a pedido do Fundo de Resolução que também exigiu a retirada do perímetro do Nata II dos créditos do Grupo Tiner (169 milhões), Grupo Tricos (82 milhões) e Fundo de Investimento Tavira (nove milhões). Quem ficou com esta carteira foi o fundo norte-americano Davidson Kempner, que, como outros fundos internacionais, têm equipas especializadas na recuperação de créditos em incumprimento.

Sobre as participações financeiras que o banco tem na Pharol e na Inapa, António Ramalho disse que o Novo Banco “tem por política não vender participações financeiras através de financiamentos garantidos pelas mesmas ações dessas instituições. Isso já deu maus resultados no passado”.

O Novo Banco tem 9,56% da Pharol e teoricamente está vendedor da participação. O banco tem 6,5% da Inapa.

 

 

 

https://jornaleconomico.pt/noticias/novo-banco-regista-prejuizos-de-1-059-milhoes-de-euros-em-2019-552860

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.