O líder do PSD, Luís Montenegro, está esta manhã em Bruxelas para um primeiro contacto com a Comissão Europeia no quadro da sua futura presença no topo do próximo governo português – mas não quis avançar qualquer decisão sobre as eleições europeias, que se aproxima. “Só vou tratar das eleições europeias depois de apresentar o elenco do governo ao presidente da República”, pelo que deixará para mais tarde, “enquanto presidente do PSD”, a questão das europeias.
Admitindo que “já tenho algumas ideias” sobre a matéria – nomeadamente no que tem a ver com a composição das listas social-democratas ao Parlamento Europeu – Luís Montenegro não quis responder a mais nenhuma questão sobre a matéria.
Fica por isso sem esclarecimento o que farão PSD e CDS no quadro europeu. Ao contrário do que se passou no Parlamento nacional, o CDS continua representado no Parlamento Europeu – precisamente por Nuno Melo, entretanto elevado à categoria de presidente do partido.
O futuro primeiro-ministro mostrou-se bastante mais interessado em discorrer sobre questões de política interna, tendo afirmado que “não há nenhuma razão interna ou externa para duvidar da estabilidade do próximo governo da AD”. A “maturidade democrática” demonstrada pelos eleitores portuguesas vai no sentido, disse, de que cada partido e cada dirigente partidário assumam as posições para que foram dirigidos como resultado das eleições antecipadas de 10 de março.
Candidatura de Costa? “É prematuro”
Luís Montenegro mantém o tabu sobre o próximo Governo vai apoiar uma eventual candidatura de António Costa à presidência do Conselho Europeu. Ouvido em Bruxelas esta quinta-feira, o primeiro-ministro indigitado esta quinta-feira pelo Presidente da República considera ser prematuro falar dessa questão.
“É prematuro dizer seja o que for sobre isso”, destacou o líder do PSD em Bruxelas sobre o tema, uma posição que vai ao encontro da indefinição que Luís Montenegro tem mantido, algo que saiu reforçado do encontro desta quarta-feira com o Presidente da República.
Mantém-se naturalmente a indefinição relativamente à candidatura de António Costa ao cargo, tendo em conta que o agora ex-primeiro-ministro tinha referido que só iria avançar para uma possível candidatura caso ficasse demonstrado que não tem qualquer envolvimento relativamente à Operação Influencer.
Nomeado para o cargo na sequência das eleições europeias de 2019 e reconduzido em março de 2022 -, Charles Michel anunciou no início do ano que não completará o segundo mandato de dois anos e meio, que expiraria no final de novembro, dado ter decidido candidatar-se às eleições europeias de junho encabeçando a lista dos liberais belgas do MR, segundo vários observadores já com o objetivo de assegurar outros ‘voos’ políticos.
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