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Novo programa para empresas quer transformar práticas ESG em “movimento cultural”

Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, Opera Education e Casa Mendes Gonçalves, dona da marca Paladin, propõem acelerar a mudança organizacional no campo das práticas ambientais, sociais e de boa governança através do programa E.S.G. Culture Hack.
11 Fevereiro 2025, 18h23

“A adoção de práticas ESG não pode ser apenas um ajuste estratégico – ela precisa de ser um movimento cultural”. A premissa partiu da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, da Opera Education e da Casa Mendes Gonçalves, dona da marca Paladin, que, em conjunto, se propõem a acelerar a mudança organizacional no campo das práticas ambientais, sociais e de boa governança através de um novo programa para empresas: E.S.G. Culture Hack.

Globalmente, apenas 20% dos trabalhadores “estão verdadeiramente empenhados” no tema, sublinham os organizadores em comunicado, citando um estudo do Instituto Gallup.

“Quando as organizações enfrentam desafios relacionados com o ESG, colaboradores comprometidos com as práticas serão inovadores e solucionadores de problemas na linha de frente. […] Iniciativas de implantação ESG bem-sucedidas exigem mudanças profundas na cultura corporativa, sendo que empresas que envolvem os seus funcionários em rituais de partilhas e aprendizagem contínua são mais propensas a melhorar os seus resultados e integrar práticas ESG para obter os seus benefícios de forma consistente”, é referido na mesma nota. Segundo os criados do programa, “não basta reportar”, sendo “essencial a transformação para a cultura de sustentabilidade”.

E será através do culture hacking que as empresas poderão percorrer esse caminho de transformação, uma prática que “permite o envolvimento dos colaboradores por meio de ações pontuais ou mudanças estratégicas”.

“Essas iniciativas partem geralmente dos líderes ou colaboradores que promovem a transição de maneira prática e eficaz, sem a necessidade de grandes transformações ou mudanças estruturais. Isso possibilita que a transformação para a cultura ESG seja orgânica e adaptável à realidade de cada organização. Para acelerar o processo é possível incluir a utilização do mapeamento de redes que identifica os influenciadores, ou líderes informais, para atuarem como agentes catalisadores da mudança”, explicam os organizadores na mesma nota.

Disponível em dois formatos, o programa é oferecido numa versão mais aprofundada, para líderes formais, líderes informais e responsáveis pela área ESG da empresa, e numa mais curta.

Giovana Bratti, cofundadora da empresa de educação corporativa Opera Education, explica que está em causa não só a capacitação das empresas para boas práticas, como também a criação de “experiências imersivas ao trazermos reflexões sobre a sua cultura e liderança para torná-las verdadeiramente sustentáveis a vários níveis”.

Do lado da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, Otacílio Soares, presidente da entidade, sublinha que “a cultura empresarial sempre foi um fator decisivo no sucesso de qualquer estratégia organizacional”.

“A nossa missão é acelerar essa mudança, garantindo que o ESG não seja apenas um requisito regulatório, mas um valor essencial nas empresas”, acrescenta o presidente da mesma entidade, citado em comunicado.

Por sua vez, Carlos Mendes Gonçalves, fundador e CEO da Casa Mendes Gonçalves, defende que o “ESG vai muito além de ser apenas uma estratégia – é um modelo de pensar e agir que transforma a cultura organizacional de forma profunda”.

“Na Casa Mendes Gonçalves, acreditamos que negócios verdadeiramente sustentáveis são aqueles que geram impacto positivo em todas as esferas: na atividade que desenvolvemos, no ambiente, nas pessoas e nas comunidades em que estamos inseridos”, sustentou o mesmo responsável da empresa da Golegã, mais conhecida pela marca Paladin.

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