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Novobanco: CEO acredita no fim do acordo com Fundo de Resolução antes de 2025

“No limite em 2025 acabará o impedimento de distribuir dividendos, mas até lá acredito que seja possível chegar a um acordo entre acionistas para remover esse impedimento”, disse Mark Bourke.
15 Abril 2024, 12h50

Numa entrevista à “Bloomberg TV”, o CEO do Novobanco, Mark Bourke, reafirmou que a instituição financeira está agora mais preparada para entrar em bolsa, mas serão os acionistas (Lone Star, Tesouro e Fundo de Resolução) que irão decidir se haverá uma Oferta Pública Inicial (IPO).

O banco que nasceu das cinzas do BES regressou aos lucros em 2021 e Mark Bourke diz que na parte do resultado operacional o banco está preparado, “mas há algumas coisas que precisamos de fazer ainda [antes do IPO]”, disse na entrevista o CEO do Novobanco, explicando que o banco precisamos de ir ainda ao mercado para fazer emissões de títulos elegíveis para MREL (alicerce regulatório que exige que as instituições mantenham uma almofada financeira robusta para absorver perdas em momentos de crise, contribuindo assim para a estabilidade do sistema bancário, evitando resgates com recurso ao dinheiro dos contribuintes).

“Isso vai permitir-nos libertar algum capital e depois essencialmente teremos o balanço pronto para avançar. A partir daí dependerá da conjuntura dos mercados, quando estiverem prontos podemos avançar”, disse o CEO que acredita que o banco (especializado em PME) tem interesse para os investidores internacionais, entre outras coisas, por causa da estabilidade económica do país.

O IPO é neste momento o cenário base em cima da mesa. Mas ainda não foram escolhidos os assessores financeiros para preparar o IPO, admitiu.

O banqueiro não fecha a porta a um envolvimento em processos de fusões, que possam surgir.

O Acordo de Capital Contingente (CCA), que termina em 2025 impede o banco de distribuir dividendos, e continua a ser um dos obstáculos à entrada em bolsa.

“Existe definitivamente a possibilidade de nos conseguirmos organizar com os nossos acionistas para remover [o CCA] mais cedo, e isso permitiria fazer a emissão de MREL e concluir os toques finais na preparação do balanço”, referiu.

“No limite, em 2025, acabará o impedimento de distribuir dividendos, mas até lá acredito que seja possível chegar a um acordo entre acionistas para remover esse impedimento”, refere Mark Bourke.

O CEO do Novobanco tem defendido que quanto mais cedo tiver a possibilidade de pagar dividendos e normalizar o balanço, melhor é para o banco.

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