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Novos contratos de crédito à habitação alcançam valor mais elevado desde março de 2022

O montante de novos contratos de crédito à habitação atingiu 1.545 milhões de euros em agosto, o valor mais elevado desde março de 2022, mostram dados do Banco de Portugal.
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2 Outubro 2024, 11h22

Os novos contratos de empréstimos as famílias registaram um crescimento de 159 milhões de euros, para 2.215 milhões, em agosto, com o crédito para a compra de casa a alcançar o valor mais elevado desde março de 2022. Do lado dos depósitos, a taxa de juro média diminuiu pelo oitavo mês consecutivo.

De acordo com dados divulgados pelo Banco de Portugal, o montante de novos contratos de crédito à habitação atingiu 1.545 milhões de euros em agosto, mais 258 milhões de euros do que em julho, o valor mais elevado em mais de dois anos.

Em sentido contrário, verificou-se um decréscimo do montante de novos contratos nas finalidades de consumo (-46 milhões de euros, para 471 milhões) e outros fins (-53 milhões de euros, para 198 milhões).

Também as renegociações de crédito reduziram-se em 150 milhões de euros, para 433 milhões de euros. Esta evolução deveu-se, em grande parte, às renegociações de crédito à habitação, que diminuíram 145 milhões de euros, para 400 milhões de euros.

A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação passou de 3,72%, em julho, para 3,53% em agosto. Na zona euro, a taxa média é de 3,69%, com Portugal a apresentar a sexta taxa de juro média mais baixa, ficando abaixo da média da área do euro.

Os dados mostram ainda que, em agosto, 80% dos novos empréstimos à habitação foram contratados a taxa mista. Neste período, os contratos a taxa mista representavam 28,3% do stock de crédito à habitação. Em dezembro de 2022, tinham correspondido a 6,4%.

Entre as empresas, o montante de novas operações de empréstimos foi de 1.702 milhões de euros, uma diminuição de 752 milhões de euros relativamente ao mês anterior, com o juro médio a subir de 5,27%, em julho, para 5,29% em agosto.

Juros nos depósitos caem pelo oito mês consecutivo

Do lado dos depósitos das famílias, o regulador indica que a taxa de juro média diminuiu pelo oitavo mês consecutivo, passando de 2,63%, em julho, para 2,57% em agosto. O montante de novas operações totalizou 11.564 milhões de euros em agosto, o que representa uma redução de 995 milhões de euros em relação ao mês anterior.

“Apesar desta redução, o montante de novas operações manteve-se elevado, o que resulta, em grande medida, da reaplicação em novos depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo, e que atingiram a maturidade em agosto sem renovação automática”, conclui.

Notícia atualizada às 11:34

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