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“Núcleo duro” do Governo reunido de urgência em São Bento partilha foto no Instagram

Na base da reunião está a aprovação da recuperação integral do tempo de serviço dos professores que foi aprovada por uma “coligação negativa” formada pelo PSD, CDS, Bloco de Esquerda e PCP.
3 Maio 2019, 12h27

O Governo de António Costa está reunido em São Bento para a aprovação da recuperação integral do tempo de serviço dos professores que foi aprovada por uma “coligação negativa” formada pelo PSD, CDS, Bloco de Esquerda e PCP.

O primeiro ministro António Costa, na sua conta da rede social Instagram, publicou uma foto onde surge o núcleo duro do Governo reunido para debater a crise que se instalou, depois da aprovação da medida que vai pesar 635 milhões de euros nas contas públicas, segundo as contas de Mário Centeno.

 

Na reunião estão presentes os ministros das Finanças, Mário Centeno, da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, do Trabalho, Vieira da Silva, da Presidência, Mariana Vieira da Silva, dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e também o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.

O Partido Social Democrata (PSD) que alterou, durante a comissão, a proposta que levou a votação, a fim de que esta não violasse a “norma-travão” –, acabou a aliar-se ao partido do Centro Democrático Social (CDS), Partido Comunista (PCP) e Bloco de Esquerda (BE) para aprovar o princípio de reconhecer o tempo total exigido pelos sindicatos.

À direita, também o CDS não manifestou qualquer inconstitucionalidade na aprovação desta garantia e questionou a veracidade dos números apresentados pelo Governo em relação ao descongelamento de carreiras. No entanto, sublinhou que “não é verdade que o CDS tenha aprovado o pagamento do tempo integral dos professores”. “Essa proposta foi chumbada com o nosso voto. Aprovou-se apenas o princípio de que os professores terão direito à contagem integral do tempo congelado mediante negociação com o Governo”, explicou, em comunicado, o partido.

Já o PCP saudou a aprovação da medida e sublinhou que, “por responsabilidade do PSD/CDS que se juntaram ao PS, rejeitando as propostas do PCP, não foi definido o calendário da concretização da sua aplicação, ficando mais uma vez dependente de negociação”. Os comunistas garantem que vão prosseguir com a sua intervenção “para que se cumpra integralmente o que foi decidido no OE 2018 e 2019”, para os professores e outras carreiras.

Também o BE felicitou a aprovação da recuperação integral do tempo de serviço dos professores. No Facebook, a deputada bloquista Joana Mortágua afirmou que “ainda falta votar o modo, mas já foi reconhecido o direito, já há justiça”.

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