Em declarações à Lusa em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, onde participou num jantar comemorativo do 25 de novembro de 1975, Nuno Melo disse ainda que “seria mais inteligente” potenciar a dinâmica de coligação que existe entre PSD e CDS em 40 autarquias e nos governos regionais dos Açores e da Madeira.
“Potenciar essa dinâmica era ou seria mais inteligente do que num dia termos os nossos representantes sentados a trabalhar em conjunto e no dia seguinte separados, a lutar entre si para capitalizarem por si o maior número de votos”, afirmou.
Para o líder do CDS, uma coligação pré-eleitoral nas legislativas antecipadas de 10 de março seria também uma questão de “aritmética básica”.
“Somando os votos do CDS nas últimas eleições legislativas, quando tivemos o nosso pior resultado de sempre, aos votos que o PSD teve, só com isso, por aplicação do método de Hondt, conseguiria eleger mais seis ou sete deputados”, explicou.
Nuno Melo considerou que uma coligação pré-eleitoral com o PSD “seria importante para Portugal”.
“Permitiria potenciar mais votos e garantir com maior facilidade uma alternativa credível de centro-direita”, vincou.
Sublinhando não saber “o que trará o futuro”, Melo afirmou que nunca terá o CDS “nem em estado de necessidade, nem em modo de pedinchice”, para deixar claro que o partido “está preparado para ir a votos” sozinho.
“O CDS não sofre nenhuma espécie de temor na possibilidade de a coligação não acontecer, muito pelo contrário. O CDS é um partido de corpo inteiro, o CDS está preparado para ir a votos. Se em algum momento for ponderada outra solução, logo se verá”, acrescentou.
Nuno Melo disse que tanto o Chega como a Iniciativa Liberal praticam a “teoria da equidistância”, já que “tanto lhes dá validarem um governo de esquerda ou de direita”, para frisar que o CDS é a única garantia de estabilidade de um executivo de centro-direita.
“Apostem no certo e esqueçam o incerto”, apelou, vincando a sua convicção de que o CDS vai voltar a eleger deputados e a marcar presença na Assembleia da República, “de onde nunca deveria ter saído”.
Aludindo ao 25 de novembro de 1975, Nuno Melo disse que o CDS sempre celebrou a data e criticou a esquerda por não o fazer.
“Se o 25 de abril trouxe a queda do Estado Novo, foi o 25 de novembro que nos trouxe a democracia e a liberdade, por muito que isso custe à esquerda em Portugal”, referiu.
Para o líder do CDS, “escapa à racionalidade que hoje o Partido Socialista renegue e tenha vergonha” do 25 de novembro.
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