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Nuno Melo: “O PPE fez muito mais do que os socialistas no caso da Roménia”

Eurodeputado português participou na reunião em que foi decidido, quase por unanimidade, suspender o Fidesz, partido do polémico primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán.
  • Cristina Bernardo
20 Março 2019, 19h39

O eurodeputado do CDS-PP Nuno Melo disse nesta quarta-feira ao Jornal Económico, na sequência da votação em que o Partido Popular Europeu (PPE) decidiu suspender o Fidesz, partido que está no poder da Hungria, que o grupo político de que fazem parte o CDS-PP e o PSD “fez muito mais do que os socialistas no caso da Roménia, onde acontecem violações graves do Estado de Direito”.

A decisão de suspender o Fidesz, tomada numa sessão em que o polémico primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán discursou, implica que o partido não poderá participar nas reuniões do PPE, não terá direito a voto e não poderá propor candidatos a quaisquer cargos.

Durante um período que não ficou estabelecido, mas fica condicionado pela atuação do Fidesz até às eleições europeias de 26 de maio, um triunvirato formado pelo ex-presidente do Conselho Europeu  Herman Van Rompuy, pelo ex-presidente do Parlamento Europeu Hans-Gert Pöttering e pelo ex-chanceler austríaco Wolfgang Schüssel vai avaliar as práticas políticas da direita húngara.

“Terá que ser feito um balanço para optar pela reintegração ou pela expulsão”, comentou Nuno Melo, que realçou o tom “muito moderado” de Viktor Orbán durante a sua intervenção em Bruxelas. No final da reunião, o primeiro-ministro húngaro qualificou a suspensão, aprovada por 190 votos a favor e apenas três contra, como “uma boa ideia” e “um compromisso”, até porque foi apresentada como uma proposta elaborada em conjunto com o Fidesz.

O partido liderado por Orbán tem vindo a ser acusado de pôr em causa o Estado de Direito na Hungria e a sua campanha para as eleições europeias inclui cartazes contra o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que é membro do PPE, a maior família política do Parlamento Europeu.

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