“Houve um certo alívio das preocupações com o outlook económico , refletida na estabilização das yields norte-americanas (o spread entre a yield a 3 meses e a 10 anos encurtou ainda que se mantenha negativo)”. É assim que o analista da Mtrader descreve o comportamento dos mercado desta terça-feira.
Wall Street fechou em alta com o Dow Jones a subir 0,55% para 25.657,7 pontos; com o S&P 500 a valorizar 0,72% para 2.818,46 pontos e Nasdaq a subir 0,71% para 7.691,52 pontos.
A alta dos preços do petróleo, justificado pelo compromisso da Rússia em cortar produção, também ajudou a suportar os mercados acionistas. O crude West Texas valoriza 2,07% para 60,04 dólares o barril, ao passo que os futuros do Brent, referência na Europa, ganham 1,18% para 68 dólares o barril.
Durante a tarde foi revelado um recuo da confiança dos consumidores norte-americanos em março, mas o indicador continua a demonstrar um elevado patamar de otimismo não colocando em causa a trajetória positiva dos últimos anos, explica o analista do BCP Ramiro Loureiro na sua nota diária.
Hoje ficou conhecido que o imobiliário norte-americano registou um fraco arranque de construções e menos licenças.
As casas em início de construção registaram uma descida de 8,7% em fevereiro face ao mês de janeiro, quando os analistas esperavam uma descida de somente 1,6%. “De notar ainda a revisão em baixa da variação de janeiro, onde afinal terá havido um crescimento de 11,7% em cadeia e não de 18,6% como anteriormente comunicado”, refere a MTrader, do Millennium BCP Investment Banking.
Já as licenças de Construção recuaram 1,6%, de forma mais brusca que o esperado (analistas previam descida de 0,9%).
Os analistas dizem que os investidores reagiram bem à revelação de que o número de casas em início de construção e de licenças de construção recuou de forma mais brusca que o esperado em fevereiro.
Ao nível das empresas os destaques vão para a Nvidia, que integra o Nasdaq, a subir 1,78% graças a uma recomendação de compra, para a Apple que caiu 1,03% depois de ter começado a sessão com ganhos, uma dia depois da apresentação do seu plano de serviços. Destaque ainda para a Viacom que disparou 7,64% perante rumores de que a CBS pode voltar às intenções de fusão.
Após a resolução do litígio entre a produtora de conteúdos e a AT&T, notas do New York Post reacenderam a possibilidade de uma fusão entre a CBS e a Viacom.
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