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O Ecossistema do Empreendedorismo – Qual o nosso papel?

Em primeiro lugar o empreendedorismo não pode ser apenas mais uma palavra bonita e que está na moda, é um assunto sério e que deveria ser, inclusivamente, um desígnio nacional e o seu fomento uma prioridade de todos quantos têm responsabilidades, principalmente políticas, neste país.
21 Novembro 2017, 07h30

Inauguro hoje este espaço de reflexão e de opinião que é da minha inteira responsabilidade onde procurarei, mensalmente, abordar temáticas atuais e pertinentes para os jovens empresários em particular e para os empreendedores no geral. Procurarei, também, ser o eco de muitas das suas preocupações, anseios, necessidades, expectativas e ambições num país que precisa cada vez mais que apareçam novos e jovens empresários sendo que não restam dúvidas, pelo menos para mim, que será através da criação de empresas e do dinamismo de novos empreendedores que assentará o crescimento económico e a criação de riqueza.

Neste meu primeiro artigo queria vos falar um pouco sobre o empreendedorismo e sobre o que já apelidei do ecossistema do empreendedorismo até para que fique claro que todos temos um impacto na criação deste ambiente propício ao fomento do empreendedorismo.

Em primeiro lugar o empreendedorismo não pode ser apenas mais uma palavra bonita e que está na moda, é um assunto sério e que deveria ser, inclusivamente, um desígnio nacional e o seu fomento uma prioridade de todos quantos têm responsabilidades, principalmente políticas, neste país.

Como já o tenho afirmado,  começa com uma sociedade mais tolerante e menos punitiva em relação ao fracasso até porque nem todos os projetos acertam à primeira. Existem vários casos em concreto e a própria história diz-nos que antes de um grande sucesso reside, normalmente, um grande fracasso;

Passa pelas famílias que, sem se demitirem da sua função de educar e orientar, respeitem as opções dos mais jovens aceitando-as e apoiando-os incondicionalmente.  Vivemos num tempo onde é difícil de prever que caminho indicar aos mais novos, pelo que o que nos resta fazer é tentar que eles se encontrem, se descubram , identifiquem aquilo em que são bons e, principalmente, o que lhes faz ser felizes. É aí que provavelmente residirá o seu sucesso profissional e pessoal;

Revela-se, também, num sistema educativo que reconheça e potencie a diferença, a criatividade, e a imaginação dos nossos estudantes. Não podemos exigir criatividade, inovação, espírito de iniciativa e capacidade empreendedora se os nossos estudantes estiverem integrados um sistema educativo que penaliza, que oprime e que não desenvolve nem potencia essas qualidades ao longo dos anos;

E complementa-se, por fim,  num Estado menos interventivo, mais eficiente, desburocratizado e que assuma, no essencial, três grandes funções: A de impulsionador/dinamizador da atividade económica através de, por exemplo, uma política fiscal justa, coerente e, principalmente, estável; A função de regulador da atividade económica e dos mercados numa lógica de transparência, de justiça e de regras claras e objetivas para todos os intervenientes; e, finalmente, a função fiscalizadora da ação das pessoas e das empresas que permita a existência de livre concorrência, o cumprimentos dos direitos e obrigações que conduza à igualdade de oportunidades.

Se, neste domínio, o Estado concentrar-se em desempenhar bem estas 3 funções estou certo que estarão criadas condições para que o aparecimento de novos e jovens empresários  seja uma realidade e que estes tenham um impacto considerável na criação de riqueza e no crescimento económico em Portugal.

Todos somos importantes, todos temos um papel a desempenhar. Sabe qual é o seu?

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