À hora de almoço, a fila de clientes para entrar na loja Colis Colis, no centro comercial Ubbo, em Lisboa, faz inveja a muitos restaurantes. No interior há caixotes de madeira recheados de embalagens provenientes da Suécia, Alemanha, Polónia, França, Roménia, Espanha ou Portugal – e que nunca foram reclamadas por várias razões: moradas erradas, ausências prolongadas ou recusas de receção. Os franceses Marc Colpart e Alexis Meideck viram uma oportunidade de negócio nestas toneladas de pacotes (colis, em francês) que ficavam acumulados nos armazéns e centros de distribuição espalhados pela Europa, acabando depois por ser destruídas. “Abrimos a empresa em junho deste ano, em França. Vendemos sobretudo em mercados, feiras e lojas pop-up e todas as encomendas não reclamadas são produtos novos, nunca utilizados”, dizem ao JE.
Agora decidiram expandir a atividade para Lisboa, onde esperam ficar um ano para testar o mercado. “Amigos desde a infância, sempre sonhamos em criar um projeto juntos. Vendemos para consumidores e revendedores”, contam. Cada pessoa que entra na loja pega num cesto e, sem limite de tempo, mexe, apalpa e tenta adivinhar o conteúdo até escolher o que quer levar. No entanto, a encomenda só pode ser aberta depois de ser pesada na balança eletrónica e paga.
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