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“O nosso principal enfoque na aplicação da Inteligência Artificial é combater a fraude”, diz director-geral da Revolut

Ruben Germano, que falava na conferência “O potencial da Inteligência Artificial no Sector Bancário”, organizada pelo JE, disse que a Revolut quer contrariar os elementos criminosos que procuram, com a ajuda da Inteligência Artificial, lesar os clientes e a própria empresa.
20 Março 2024, 10h12

O diretor-geral da Revolut Portugal, Ruben Germano, revelou hoje que o combate à fraude é o principal ponto de enfoque do grupo no que diz respeito à Inteligência Artificial. 

Ruben Germano, que falava na conferência “Special Report – O potencial da Inteligência Artificial no Sector Bancário”, organizada pelo Jornal Económico, disse que a Revolut “está focada na gestão do talento na fraude”, no sentido em que procura contrariar os elementos criminosos que procuram, com a ajuda da Inteligência Artificial, lesar os clientes e a própria empresa.

“Estamos a competir com eles, porque eles do outro lado também usam a IA”, reforçou Ruben Germano.

Ainda assim, o responsável da subsidiária portuguesa explicou que a Revolut delineou “três grandes princípios quando entrou neste mercado”.

O primeiro é “garantir que ou temos uma melhor experiência de cliente ou temos melhor eficiência”. O segundo é que não haja um único processo da Revolut que envolva IA sem supervisão humana. Dito de outra forma, há sempre um humano a supervisionar qualquer um dos processos ou produtos com IA da Revolut.

O terceiro princípio prende-se com a gestão de riscos, analisando se qualquer produto com IA se enquadra dentro dos princípios estratégicos da empresa, analisando os riscos associados e garantindo que a Revolut consegue cumprir com toda a legislação aplicável.

Banca tradicional com “armas acrescidas na IA”? Não.

O diretor-geral da Revolut Portugal rejeitou ainda que a banca incumbente (os bancos mais antigos e tradicionais) têm “armas acrescidas” face às fin-techs e aos neobanks (como é o Revolut) no âmbito da aplicação da Inteligência Artificial.

“Se todos utilizarmos a mesma tecnologia, então caminhamos para uma uniformização. Mas não usamos todos a mesma. E a intervenção humana pós [aplicação do processo com IA] cada um tem a sua. Toda a definição do processo não é só com o IA”, salientou Ruben Germano. Razão pela qual recusa que os bancos emergentes como a Revolut, ou outros, estejam a operar num terreno inclinado no que toca à aplicação da IA.

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