Espanha e Portugal têm sido muito semelhantes no que respeita à alternância política, entre as duas principais forças, o Partidos Socialista Operário Espanhol (PSOE), de esquerda, e o Partido Popular (PP), de direita. As semelhanças aumentaram quando, nas últimas eleições, o PP foi o mais votado, mas foi o PSOE, de Pedro Sánchez, que conseguiu formar governo, juntando aos partidos de esquerda os nacionalistas e independentistas, numa “geringonça” muito parecida com a que António Costa e o PS criaram em Portugal, na sequência das eleições de 2015.
No entanto, em Espanha temos a questão das autonomias e, também, vimos crescer os extremos primeiro do que em Portugal e assistimos a uma polarização acentuada, com tendência para se aprofundar.
“A polarização política que agora acontece no país vizinho pode, de facto, ser uma espécie de tubo de ensaio para Portugal – com as devidas diferenças”, considera André Pereira Matos, professor de Estudos Europeus e vice-coordenador do mestrado em Estudos sobre a Europa da Universidade Aberta. “Sem dúvida que PS e PSD, em Portugal, podem observar estas dinâmicas em Espanha, nos congéneres, e avaliar se não será possível replicar algumas das estratégias do PSOE e do PP, respetivamente”, diz Paulo Sande, professor da Universidade Católica Portuguesa e especialista em assuntos europeus, vê quatro ilações que a política portuguesa pode retirar do que se passa em Espanha.
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