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Pedro Sánchez não se demite e fica à frente do Governo espanhol

“Decidi continuar com mais força, se possível, como chefe da presidência do Governo de Espanha”, revelou em conferência de imprensa esta manhã, em direto do Palácio da Moncloa.
29 Abril 2024, 10h06

O presidente do Governo espanhol anunciou esta segunda-feira que se mantém no cargo, depois do escândalo que envolveu a sua mulher, Begoña Gomez. “Depois de dias de reflexão, tenho a minha decisão”, disse Pedro Sánchez, no arranque do discurso, ainda antes de anunciar a sua decisão.

“Decidi continuar com mais força, se possível, como chefe da presidência do Governo de Espanha”, revelou em conferência de imprensa esta manhã, em direto do Palácio da Moncloa. Antes antes da sua intervenção pública, Sánchez assumiu ter comunicado a sua decisão previamente ao rei Felipe VI.

“Eu e a minha mulher sabemos que esta campanha de descrédito não acabará. Já são dez anos disto”, apontou no seu discurso. Pedro Sánchez diz ser vítima de uma “campanha de assédio”, tal como a sua esposa, e que o período de reflexão de cinco dias foi necessário.

Neste mesmo período, o chefe do Governo admitiu ter recebido mensagens de apoio do seu partido, tendo ainda agradecido as manifestações que aconteceram este fim-de-semana, para que continuasse à frente do Executivo.

“Exigir resistência incondicional significa colocar o foco nas vítimas e não nos agressores. Esta campanha difamatória não vai parar e podemos lidar com ela. Queremos agradecer as manifestações de solidariedade recebidas em todas as frentes. Graças a esta mobilização, decidi continuar a liderar a presidência”, disse.

“Assumo a decisão de continuar, com mais força. Não se trata do destino de um líder específico. Trata-se de decidir qual o tipo de sociedade que queremos ser. O nosso país precisa dessa reflexão. Há muito tempo que deixámos a ‘lama’ contaminar a nossa vida pública”, sustentou no seu discurso.

Nisto, Sánchez pediu à sociedade para voltar a dar o exemplo, assumindo que “os males que nos afligem fazem parte de um movimento global”, atirando à extrema-direita. “Vamos mostrar ao mundo como a democracia é defendida”, adiantou.

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