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O que une Assunção Cristas e Catarina Martins? O crescimento da extrema-direita na Alemanha

Bloco de Esquerda alinha pensamento com CDS-PP para combater o crescimento da extrema-direita. As líderes dos partidos já mostraram preocupação para com a ascensão desta corrente política, após os resultados eleitorais na Alemanha que colocaram o AfD no terceiro lugar do parlamento.
25 Setembro 2017, 15h19

Merkel recebeu hoje os parabéns de Assunção Cristas pela vitórias nas eleições e, além disso, o aviso de preocupação da líder centrista em relação ao crescimento da extrema-direita (AfD) no país, que contabilizou 12,6% dos votos.

“Já felicitei Angela Merkel por esta vitória. É significativo que, mais uma vez, tenha sido a CDU a vencer estas eleições, mas naturalmente com uma nota de preocupação pelo crescimento das forças de extrema-direita, que passam a ter uma representação no parlamento alemão”, afirmou Cristas após uma ação de campanha para a Câmara de Lisboa, segundo a Renascença.

Com base na história do mundo, a líder do CDS defende que “derivas radicais à esquerda e à direita não são boas, não têm boas experiências históricas” e não satisfazem as populações.

O Bloco de Esquerda alinha-se com o pensamento da direita, com as declarações de Catarina Martins que reiteram que este resultado é “um enorme sinal de alerta”. A extrema-direita “cavalga o descontentamento” das pessoas, diz a bloquista, que considera que é necessária uma alternativa política na Alemanha.

“Isto demonstra a necessidade de uma alternativa verdadeira na Europa, que deixe este modelo neoliberal de privatização de serviços públicos, precarização do trabalho, que de facto está a destruir qualquer possibilidade de paz e coesão na Europa”, defendeu, de acordo com a Renascença.

A extrema-direita alemã entra pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial para o parlamento, depois do resultado da eleições que lhe atribuíram a terceira maior percentagem de votos.

Angela Merkel, chanceler alemã, venceu as eleições de domingo com 33% dos votos. Na última eleição, Merkel contabilizou 41,5% dos votos. Seguiu-se o Partido Social-Democrata (SPD), liderado por Martin Schulz, ex-presidente do Parlamento Europeu, com 20,5%. O SPD já referiu que não vai renovar a antiga coligação, pretendendo ser oposição.

Em terceiro lugar ficou a extrema-direita (AfD), com 12,6% dos votos.

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