Nuno Santos considera esta arte performativa muito importante, tanto pelo seu papel comunitário, “de agregação da própria comunidade”, e também pelo papel político, com mensagens políticas “muito importantes para a comunidade, que normalmente refletem aquilo que sente”.
O membro da Direção do Teatro São Luiz fala que a Expo 98 foi uma espécie de motor de desenvolvimento do teatro, depois de uma época difícil para esta arte performativa, que sofreu um abalo nos anos 60/70 com a introdução do cinema. Portanto, desde 98 até agora “houve uma evolução abismal, seja em termos de oferta cultural, como também de adesão das populações”.
Já o estado do teatro no nosso país “está bom e recomenda-se”, com companhias novas e cheias de desafios.
Apesar de ser uma arte performativa muito antiga, hoje-em-dia, “curiosamente” Nuno Santos revela que quem frequenta mais o Teatro são as gerações mais novas.
“A ideia dos públicos é muito constante na argumentação das pessoas, mas efetivamente os portugueses, de um modo geral, não têm grandes hábitos culturais”, aponta Nuno Santos. Acrescenta que para as pessoas irem ao Teatro é preciso haver realmente algo que as atraia.
Nesse sentido, o membro da Direção do Teatro lisboeta considera que “é obrigação dos Teatros Municipais trazer desafios ao próprio público”. Diz também que um teatro de repertório feito sempre da mesma maneira pode acabar por afastar as pessoas e sobretudo “as gerações mais novas não estão para aí inclinadas”.
Mas para Nuno Santos as obrigações dos Teatros Municipais não ficam por aqui. Também no que se refere a acessibilidades existe a missão de não criar barreiras, por exemplo para a comunidade cega e para a comunidade surda, “para que as pessoas não possam dizer que não vão, porque não há sessões com língua gestual, por exemplo”.
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