Talentoso e imprevisível. Há dez anos, o tenista ucraniano Alexandr Dolgopolov foi considerado a grande surpresa do ATP de Cincinnati. Começou na fase de qualificação quando ocupou o lugar do amigo japonês Kei Nishikori, foi evoluíndo na prova com uma direita poderosa e bateu Rafael Nadal pela segunda vez, repetindo a façanha de Indian Wells em 2014. Chegou às meias-finais e caiu aos pés de Novak Djokovic. Se há dez anos, o ucraniano surpreendia o mundo do ténis com performances estrondosas (chegou a ser 13º no ranking ATP), a vida de Alexandr daria uma volta de 180 graus com a eclosão da guerra na Ucrânia. “O ténis preparou-me para a guerra”, afirma o antigo tenista em entrevista ao alemão “Der Spiegel” em que se recusa a mencionar o nome de Vladimir Putin.
Apenas dez meses depois de ter terminado a carreira de tenista profissional, Dolgopolov trocou uma vida segura e luxuosa na Turquia pelas agruras de um conflito armado. Ainda assim, destaca que não demorou muito tempo a tomar esta decisão: “A minha consciência dizia-me que era algo que tinha de fazer. Não estava habituado a armas. Procurei um campo de tiro e fui treinado durante uma semana”.
Chegar a Kiev não foi fácil mas uma vez na Ucrânia, comprou uma espingarda automática, roupa de camuflagem, colete à prova de bala e juntou-se a uns amigos que já combatiam em Kherson: “Ensinaram-me táticas militares básicas, formas de me movimentar em terrenos desconhecidos, como atirar granadas… essas coisas”.
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