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Objetivos do Governo na Saúde “estão a ser cumpridos”, sublinha Montenegro

O primeiro ministro deixou a garantia de que o “plano de emergência e de transformação da saúde”, apresentado pelo Governo, está a ser executado, mas lembrou que é um programa a dois anos e não vai resolver todos os problemas.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, fala aos jornalistas após a reunião do Conselho de Ministros sobre o Plano de emergência e transformação na saúde, realizada na Residência Oficial, em São Bento, Lisboa, 29 de maio de 2024. FILIPE AMORIM/LUSAfilipe a
14 Agosto 2024, 21h53

Luís Montenegro não tem dúvidas de que o executivo apresentou, nos primeiros 60 dias de governação, “um plano de emergência e de transformação da saúde”, destinado a este ano e a 2025, com objetivos que “já estão a ser cumpridos”.

Nesse sentido, apontou às 75 mil novas cirurgias até final de 2024 e assinalou que o sector está a funcionar “melhor” do que funcionou 2023.

O primeiro ministro discursou na festa do Pontal, que decorre em Quarteira e assinala a rentrée política do PSD. Nas suas palavras, referiu repetidas vezes que o Governo “está a atuar estratégica e estruturalmente”.

Montenegro adiantou ainda que a construção do novo Hospital de Lisboa Oriental vai ser iniciada “brevemente” e prometeu que vai ser resolvido “de vez o problema do Hospital Central e Universitário do Algarve”, sublinhou.

No que diz respeito a médicos, o primeiro-ministro referiu que no próximo ano se vão aposentar 1.500 médicos, tal como nos dois anos seguintes. Para colmatar o problema, lembrou, abriram-se 1.684 vagas no ensino de medicina, por todo o país (continente e ilhas). Acrescentou ainda que o Governo quer estender os cursos naquela área às universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro e de Évora.

“Alguns quiseram, com elevada desonestidade política e intelectual, criar a ideia de que nós tínhamos feito a promessa que em 60 dias íamos resolver os problemas da saúde”, assinalou Montenegro, que referiu que esta é uma “tese absurda”.

O chefe de Governo lembrou os acordos com professores, oficiais de justiça e guardas prisionais e apontou ao propósito de fechar um entendimento com médicos e enfermeiros, além de sublinhar que o Governo está a “valorizar” os funcionários públicos.

Novas medidas nos transportes e nas pensões

O líder do executivo anunciou ainda que em setembro vai ser apresentado um “plano de mobilidade verde”, no qual estará englobada a ferrovia e que terá em vista a redução de emissões nos transportes. Na mesma linha, será lançado um passe ferroviário com o custo de 20 euros mensais com direito a acesso a “todos os comboios urbanos, regionais, inter-regionais e à rede Intercidades”, garantiu.

Por outro lado, Montegro reiterou que “não vamos diminuir um cêntimo em nenhuma pensão” e, de forma a beneficiar de forma mais expressiva aqueles que têm “pensões mais baixas”, o Governo vai avançar, em outubro, com o pagamento de um “suplemento extraordinário aos pensionistas”.

Este terá o valor de 200 euros para aqueles cuja pensão é igual ou inferior ao IAS (509,26 euros neste momento). Para quem recebe uma pensão comprendida entre o IAS e o dobro do mesmo (1018,52 euros), o suplemento irá ascender a 150 euros. Os pensionistas cuja pensão tiver um valor entre o dobro e o triplo do IAS (1527,78) terão direito a um pagamento no valor de 100 euros.

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