Sucedem-se as reações de várias personalidades ao discurso de António Costa, sobre as declarações do ministro das Finanças holandês, Wopke Hoekstra que defendeu que a Comissão Europeia devia investigar países como Espanha por não terem acumulado nos últimos anos uma almofada financeira que lhe permitisse neste momento enfrentar a crise provocada pelo novo coronavírus.
Johan Langerock, especialista em política fiscal utilizou a sua conta da rede social Twitter, para se mostrar surpreendido com a atitude do primeiro-ministro português, referindo ser “raro os líderes portugueses fazerem comentários tão fortes sobre a UE”
Portuguese prime minister literally saying the attitude of the #Netherlands is repulsive. It is rare for PT leaders to make such strong statements at EU level. Also recalling period with #Dijsselbloem and warning for a collapse of EU solidarity. #euco
— Johan Bernardo Langerock (@JohanLangerock) March 26, 2020
I stand with Portugal. https://t.co/fiH1ZLfs3P
De Espanha as reações também não se fizeram esperar com o deputado Enrique Santiago, do Podemos a agradecer a Portugal “por ter colocado bom senso à Holanda”
Gracias #Portugal por poner sensatez frente a la insolidaria actitud de Holanda tras el fracaso de la cumbre por el #Coronavirus
— Enrique Santiago (@EnriqueSantiago) March 27, 2020
La pandemia no entiende de nacionalidades#Estevirusloparamosunidos pic.twitter.com/JWqvfb7L2w
António Costa qualificou as declarações do ministro das Finanças holandês como “repugnante”, no final de uma reunião dos líderes dos países da União Europeia (UE) na quinta-feira.
“Esse discurso é repugnante no quadro da União Europeia e a expressão é mesmo esta: repugnante”, disse o primeiro-ministro em conferência de imprensa na noite de quinta-feira. “Ninguém está disponivel para voltar a ouvir ministros das Finanças holandeses como aqueles que já ouvimos em 2008, 2009, 2010 e anos consecutivos”.
O primeiro-ministro recordou assim o episódio polémico que envolveu Jeroen Dijsselbloem, então presidente do Eurogrupo, quando acusou os europeus do sul da Europa de de gastarem o seu dinheiro “em copos e mulheres” e “depois pedirem que os ajudem”. Uma polémica que levou o Governo de António Costa a pedir o seu afastamento da liderança do Eurogrupo.
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