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OCDE: Portugal é um dos países europeus onde a comunidade LGBT se sente mais discriminada

Segundo o relatório “Society at a Glance 2019”, elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, a proporção de pessoas que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais ou transgéneros vai continuar a aumentar devido aos mais jovens.
Darren Ornitz / Reuters
27 Março 2019, 13h30

Portugal é um dos oito países europeus da OCDE onde a comunidade homossexual denuncia o maior nível de discriminação, de acordo com as conclusões do relatório “Society at a Glance 2019”. O país partilha a lista com a Áustria, a Estónia, a Grécia, a Hungria, a Itália, a Polónia e a Eslovénia, conforme revelam os últimos dados estatísticos disponíveis (2012).

Em média, uma em cada três pessoas da comunidade LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgéneros – na Europa confessou ter-se sentido discriminada por causa de sua orientação sexual e/ou identidade de género. As percentagens deste preconceito variam desde os 31% na Dinamarca aos 50% na Lituânia, entre os países europeus membros da OCDE. Contudo, perceção da discriminação é superior entre os indivíduos transgéneros do que entre os gays ou lésbicas.

Por exemplo, a proporção de pessoas nos Estados Unidos da América que se identificam como LGBT aumentou de 3,5% em 2012 para 4,5% em 2017, sendo que esta tendência de acréscimo deverá continuar a verifica-se nos próximos anos, impulsionada pelos grupos mais jovens, segundo Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.

Evolução da percentagem de adultos que se identificam como lésbicas, gays ou bissexuais em países da OCDE

Fonte: OCDE

Nos 14 países da OCDE onde existe informação estatística disponível, pelo menos, 17 milhões de adultos identificam-se como LGBT. “Em 2017, apenas 1,4% das pessoas nascidas antes de 1945 consideravam-se LGBT, contra 2,4% entre os baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964), 3,5% entre as gerações X (nascidas entre 1965 e 1979) e 8,2% entre os millennials (nascidos entre 1980 e 1999)”, pode ler-se na nona edição do estudo bienal da OCDE sobre indicadores sociais, que este ano inclui um capítulo sobre a população LGBT: números, noção de bem-estar, políticas de inclusão, etc.

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