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OE2021: Catarina Martins diz que Bloco de Esquerda não viabiliza orçamento “da maneira em que está”

A coordenadora do Bloco de Esquerda refere que o Governo fechou o Orçamento do Estado para 2021 sem as negociações estarem concluídas.
  • catarina_martins_oe_2020
    António Cotrim/Lusa
12 Outubro 2020, 11h00

Catarina Martins diz que o Bloco de Esquerda não “tem possibilidade de viabilizar o Orçamento do Estado da maneira em que está”. Em entrevista à “Antena 1”, esta segunda-feira, 12 de outubro, a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), assumiu que não se reuniu com António Costa desde a semana passada para discutir as propostas do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021).

“A última vez que falámos foi a meio da semana passada. Desta vez, e um pouco de uma forma diferente do que tem acontecido nos outros Orçamentos do Estado, não houve um encontro para fechar as negociações antes da entrega do Orçamento”.

Catarina Martins assumiu que o Governo fechou o OE2021 sem as negociações estarem concluídas, tendo sido apenas trocados alguns documentos nos últimos dias sobre algumas das propostas. “Não chegou a existir nenhum encontro para a conclusão das negociações. O Governo eventualmente não teve oportunidade de o fazer, em todo o caso o Bloco de Esquerda mantém todas as suas propostas em cima da mesa”.

Sobre o Novo Banco ficar fora do OE2021 e de ser um consórcio de outros bancos a financiá-lo, a coordenadora do Bloco de Esquerda, afirmou que o Governo comunicou ao BE que pretende continuar a ter uma autorização no Orçamento do Estado, ou seja votada pelo Parlamento para injeção do Fundo de Resolução no Novo Banco.

“O Bloco de Esquerda foi sempre contra a solução do Novo Banco. Neste momento existem fortes indícios de que a Lone Star, maior acionista do Novo Banco está a fazer uma gestão que prejudica o próprio banco e o erário público. O que o Governo nos está a dizer é que não pode haver dinheiro do Orçamento do Estado deste ano, pode haver um empréstimo dos bancos, mas é um empréstimo do Fundo de Resolução ao Novo Banco. Ou seja, no fim são sempre os contribuíntes que vão pagar, embora não paguem este ano, mas no próximo”.

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