As negociações para o Orçamento do Estado de 2021 arrancaram a 16 de julho, três meses antes da entrega da proposta na Assembleia da República. Na primeira ronda de reuniões à esquerda, António Costa chamou à residência oficial do primeiro-ministro dois dos principais parceiros: o BE e o PCP.
“O orçamento será negociado com o Partido Comunista e com o Bloco de Esquerda”, afirmou Rui Rio, esta quarta-feira, em entrevista à RTP3. “Se o orçamento é negociado com o PCP e o BE, o PSD tem que recuar para a bancada, esperar pelo Orçamento, como é normal, e quando for apresentado, olha para ele e avalia”, finalizou, acrescentando que as probabilidades do PSD aprovar um Orçamento aprovado por uma coligação à esquerda é baixa. “É reduzidíssima”.
Questionado por Vitor Gonçalves sobre se essa avaliação será feita em parceria com o partido Chega para formar uma maioria à direita no Parlamento, o presidente do PSD não nega, mas impõe uma condição:
“Se o Chega evoluir, apesar de estar muito à direita, para uma posição mais moderada, eu penso que as coisas se podem entender. Se continuar numa linha de demagogia, populismo da forma como tem ido, então aqui temos um problema porque não é possível um entendimento com o PSD”, reiterou.
Segundo uma sondagem do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) feita pela Universidade Católica para o jornal Público e a RTP, o partido de André Ventura aparece em terceiro lugar juntamente com o Bloco de Esquerda. Os dois partidos, que se sentam nos dois extremos do hemiciclo, surgem 7% das intenções de voto entre os portugueses.
“É claro que o partido está a crescer. Mas não depende do PSD [negociar], depende do Chega”, sublinha Rui Rio.
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