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OE2024: PS avança com dedução até 200 euros no IRS para despesas com serviço doméstico

Tendo ao seu lado o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, o ex-secretário de Estado Miguel Cabrita referiu que a medida sobre dedução de despesas com serviço doméstico “se insere no chamado braço fiscal da Agenda para o Trabalho Digno” do Governo.
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Rodrigo Antunes/Lusa
15 Novembro 2023, 15h08

O PS quer permitir uma dedução de 200 euros em IRS para despesas com serviço doméstico e equiparar o limite de taxa bancária aplicada aos cartões de refeição ao dos comuns cartões de débito.

Estas são duas das propostas hoje apresentadas em conferência de imprensa pelo Grupo Parlamentar do PS de alteração ao Orçamento do Estado para 2024, documento do Governo que tem votação final global marcada para o próximo dia 29.

Tendo ao seu lado o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, o ex-secretário de Estado Miguel Cabrita referiu que a medida sobre dedução de despesas com serviço doméstico “se insere no chamado braço fiscal da Agenda para o Trabalho Digno” do Governo.

“Há menos de um ano foi aprovada a criminalização da não declaração de trabalho, que cobre não apenas o serviço doméstico, mas todas as formas de trabalho não declarado. Sabemos que no serviço doméstico há ainda muito trabalho informal”, apontou o ex-secretário de Estado do Trabalho e atual deputado do PS eleito por Setúbal.

Depois, Miguel Cabrita, justificou a medida da bancada socialista: “Do ponto de vista fiscal, estarmos a dar um incentivo” aos empregadores.

“Sabendo-se que há muitas relações de trabalho ainda informais neste setor, dizemos a quem emprega pessoas que prestam serviço doméstico nas suas casas que, se formalizarem essa relação laboral, se ela for declarada – como é obrigação de todos que seja -, então há lugar à possibilidade de inserir uma dedução de uma parte das despesas até 200 euros nos rendimentos para efeitos de IRS. È uma medida que visa o combate à economia informal e à evasão fiscal”, frisou.

Já em relação aos cartões de refeição, a vice-presidente da bancada socialista Jamila Madeira, também presente na conferência de imprensa, referiu que muitas vezes não são aceites pelos comerciantes, o que causa problemas aos consumidores que são seus detentores.

“Esses cartões não estão colocados no mesmo nível de plafonamento em termos de taxas de transação, razão pela qual acabam por ser preteridos na rede em que podiam ser utilizados. Queremos nivelar, usando como referência o teto que existe em termos de diretiva europeia para os cartões de débito”, declarou Jamila Madeira.

Desta forma, de forma, de acordo com a deputada socialista eleita por Faro, os cartões de refeição deverão ficar mais disponíveis enquanto meio de pagamento.

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