[weglot_switcher]

OE2025: “Não acrescentemos instabilidade a um horizonte de confiança”, sublinha ministro da Economia

O ministro da Economia, Pedro Reis, defende que Portugal não pode deitar tudo a perder, numa altura em que o país se posiciona como palco de atração de investimento externo. “Placas tectónicas que se confrontam na economia mundial são uma oportunidade para trazer para Portugal recursos que de outra forma não viriam”, afirma.
Cristina Bernardo
11 Outubro 2024, 12h36

O ministro da Economia, Pedro Reis, considera que a aprovação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) é uma oportunidade estratégica para Portugal captar investimento externo estratégico e deixa por isso um apelo há estabilidade política.

É possível crescer de forma sustentada. Está na nossa mão. Já basta os constrangimentos externos. Não acrescentemos instabilidade, onde o que precisamos é de um horizonte de confiança. Quando precisamos de estabilidade não nos deem crises”, afirmou na abertura do congresso da Associação da Hotelaria Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) que decorre nos dias 11 e 12 de outubro, em Aveiro.

Pedro Reis vai mais longe e salienta que o país não pode mesmo dar-se ao luxo de entrar numa crise política, num momento de volatilidade extrema internacional e onde Portugal se posiciona num palco de atração de investimento externo.

“Estes movimentos de placas tectónicas que se passam uma vez em cada geração e que neste momento se observam, para não dizer que se confrontam na economia mundial, são uma oportunidade para trazer para Portugal recursos, competências, críticas e investimentos estratégicos que de outra forma não viriam”, sublinhou.

O ministro da Economia destaca que desde que assumiu este cargo tem vindo a trabalhar todos os dias na captação de investimento, nomeadamente externo. “Estão a chegar à nossa sinalização em termos de incentivos um alinhamento dos astros e não podemos deitar tudo a perder. Imaginemos que tudo isto põe em causa um impacto de 10 anos de investimento estrutural”, afirmou Pedro Reis.

Para o ministro da Economia, a estrada para o crescimento da economia tem uma chave muito clara e que se divide em quatro aspetos: uma fiscalidade mais competitiva, realçando que o país vive “afogado numa carga fiscal”.

“O tema do licenciamento. O país tem de encontrar um equilíbrio entre algo que não é negociável, como a transparência, ética e rigor dos processos, e de perder o medo de decidir. O país ganhou medo de tomar decisões”, referiu.

O terceiro ponto prende-se com o abastecimento energético para todas as vertentes e por fim a captação de talento, tendo o país uma capacidade de decisão e articulação política.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.