O secretário-geral do PCP considerou hoje que a proposta de Orçamento do Estado para 2026 está ao “serviço de uma minoria” e criticou o PS por viabilizá-lo, sugerindo que está a fazer um favor ao Chega e IL.
“Aí está um orçamento às ordens de Bruxelas, dos grupos económicos e das multinacionais”, criticou Paulo Raimundo num discurso no encerramento da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2026, na Assembleia da República.
O secretário-geral do PCP considerou que, para os grupos económicos e as multinacionais, “nunca há preocupações com o equilíbrio das contas públicas” e, para esses, “o défice nunca é um problema”.
“Todo esse choradinho só vale quando é para aumentar salários, reformas e pensões, para valorizar o subsídio de refeição, carreias, profissões e serviços públicos. (…) Foi este o filme do Orçamento, com as carpideiras do sistema a derramarem lágrimas de crocodilo sobre as propostas do PCP”, acusou.
Depois, Paulo Raimundo deixou críticas ao PS por viabilizar a proposta do Governo, frisando que, quando o Orçamento do Estado for aprovado em votação final global, “PSD e CDS, de pé e de forma efusiva, vão bater muitas palmas”.
“O PS não aplaude, mas não se livra de ter suportado um Orçamento e a política a que este dá expressão”, criticou, antes de sugerir que os socialistas fizeram um favor ao Chega e à IL ao abster-se.
“Chega e IL vão sorrir [quando o Orçamento for aprovado], com o sentimento de dever cumprido e com uma imensa gratidão ao PS por poderem votar contra um Orçamento com o qual estão profundamente de acordo”, afirmou.
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