Oferta de imóveis aumenta, mas preços das casas também sobem 5%

O número de imóveis disponíveis no mercado registou um aumento, tendo em junho a oferta sido superior a 200 mil casas, no entanto o preço das casas em Portugal cresceu 5% no primeiro semestre deste ano, de acordo com as plataformas Doutor Finanças e Alfredo.

O preço médio do metro quadrado nas principais capitais de distrito no país situou-se nos 2.868 euros em junho, um valor que representa uma subida face ao valor registado em dezembro, de 2.730 euros.

Em junho, o preço das habitações em Portugal registou um aumento de 8,1%, tendo Ponta Delgada sido a região com o maior crescimento homólogo, de 20,9%. Aveiro também registou uma das maiores subidas, de 19,7%, assim como Viana do Castelo, com 18,2% e Leiria, com 15,4%.

No total foram analisadas 20 regiões, das quais 17 apresentaram subidas nos preços e apenas três registaram diminuições, sendo elas Castelo Branco, Portalegre e Vila Real.

Segundo a plataforma, Leiria destacou-se com a margem de negociação de preços mais elevada do território nacional, situando-se nos 17,8% em junho. Seguem-se Setúbal, com 15,6%, ilha da Madeira, com 15,4% e Guarda, com 14,4%.

Já as margens mais baixas foram registadas em Viseu, com 0,69%, seguida de Coimbra, com 1,91% e Faro, com 2,22%.

Gonçalo Abreu, CEO e um dos cofundadores da Alfredo, afirma que “sabermos qual a taxa de desconto que está a ser praticada no mercado é relevante para quem está a pensar colocar um imóvel à venda ou para quem está à procura de casa para comprar. Estes dados oferecem maior visibilidade sobre a realidade do mercado imobiliário e expõem a diferença entre aquilo que vemos nos anúncios e aquilo que é a realidade”.

Já a nível de arrendamento, as rendas atingiram o valor mais alto dos cinco anos em junho, tendo o valor por metro quadrado registado uma subida de 41% face a junho de 2019 para 16,2 euros/m2.

Segundo dados do portal Idealista, a procura por imóveis para arrendar registou uma subida de 165% entre o primeiro trimestre de 2019 e o mesmo período de 2024, no entanto a oferta apenas cresceu 36% no mesmo período.