Oi duplica prejuízos no primeiro trimestre

A Oi registou um prejuízo de 2,78 mil milhões de reais (500 milhões de euros] no primeiro trimestre, o que traduz um agravamento de 120% dos resultados negativos face ao primeiro trimestre de 2023, quando somaram 1,267 mil milhões de reais.

Segundo a operadora, a desvalorização do real face do dólar impacta o valor da dívida em moedas estrangeiras.

O EBITDA (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa no trimestre foi negativo em 204 milhões de reais (37,3 milhões de euros), revertendo o resultado positivo de 216 milhões de reais que tinha sido reportado um ano antes.

O balanço da Oi destaca que o desempenho do EBITDA é atribuído principalmente à forte queda da faturação gerada por serviços não-core, sobretudo fruto da dinâmica de serviços que se baseiam na tecnologia de cobre, devido às limitações regulatórias na gestão da rentabilidade.

A empresa registou queda de 12,9% nas receitas líquidas, que somaram 2,18 mil milhões de reais (390 milhões de euros). Como os custos e investimentos (Opex+Capex) a reduzirem em menor proporção, 0,4%, e por isso não compensaram a retração na geração de caixa. A companhia terminou março com 2,1 mil milhões de reais em caixa, segundo o site Telesintese.

Oi Fibra, teve receitas de 1,09 mil milhões de reais (190 milhões de euros) no trimestre, 0,4%  menos que um ano antes e 0,1% mais que no trimestre imediatamente anterior.

“Ao longo de 2023, o cenário macroeconómico ainda desafiador levou a uma intensificação competitiva no setor. Consequentemente, o ARPU apresentou redução anual de 1,7% e um leve crescimento de 0,4% face ao trimestre anterior”, explica o relatório e contas. A Oi Fibra terminou o período com 4,04 milhões de clientes, ou seja, mais 1,1%.