A pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que em Portugal levou o Chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, a decretar o estado de emergência, pode provocar uma perda de 25 milhões de empregos a nível mundial, segundo uma estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgada na quarta-feira, 18 de março.
A conclusão está num estudo preliminar da OIT – “Covid-19 and the world of work: impacts and responses” – aos efeitos sociais e económicos da propagação da Covid-19, que no melhor dos cenários calculados aponta que o impacto pode ser significativamente enfraquecido. Nesse cenário, a OIT estima uma perda de 5,3 milhões de empregos.
Mas para esse impacto mais baixo, a OIT diz que deverá ter lugar uma resposta coordenada à escala internacional, “como aconteceu durante a crise financeira mundial de 2008/2009”. Por isso o organismo apela a mais medidas de apoio à economia e ao emprego.
A crise económica e financeira mundial de 2008/2009 aumentou o desemprego global em 22 milhões de postos laborais perdidos, segundo contas da OIT.
“Isto já não é apenas uma crise mundial de saúde, é também um grande mercado de trabalho e uma crise económica que está a causar um tremendo impacto nas populações”, afirmou o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 210 mil pessoas, das quais mais de 8.750 morreram.
Portugal regista dois mortos em 642 casos de infeção pelo novo coronavírus, de acordo com o boletim de quarta-feira da Direção-Geral da Saúde referente aos efeitos da pandemia no país.
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