[weglot_switcher]

Oito Estados da OPEP+ mantêm cortes na produção de petróleo até final de dezembro

Em comunicado publicado no seu portal, a aliança declarou que Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã “concordaram em prolongar por um mês os seus cortes voluntários de 2,2 milhões de barris por dia em mais um mês, até ao final de dezembro de 2024”.
3 Novembro 2024, 19h49

Vários membros da aliança petrolífera OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, anunciaram hoje o prolongamento dos cortes na produção de petróleo até ao final de dezembro, pretendo contrariar a recente queda dos preços nos mercados.

Em comunicado publicado no seu portal, a aliança declarou que Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã “concordaram em prolongar por um mês os seus cortes voluntários de 2,2 milhões de barris por dia em mais um mês, até ao final de dezembro de 2024”.

A decisão destina-se a sustentar o preço do americano WTI e do Brent, referência para a Europa, perto dos 70 dólares, perante uma incerteza da procura e um aumento da oferta.

O anúncio surge um mês depois de uma reunião do comité ministerial conjunto de supervisão da OPEP+, que reúne os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros aliados, como a Rússia, ter decidido aumentar gradualmente a oferta a partir do início de dezembro, depois dos cortes da produção nos últimos dois anos.

Entre uma das medidas acordadas nessa reunião figurava o aumento de 180.000 barris diários no mês de dezembro, a cargo de oito dos 22 países da aliança.

A próxima reunião dos ministros da OPEP+ está marcada para o início de dezembro, em Viena, onde está sediada a OPEP, mas este anúncio vai empurrar o aumento da produção para o próximo ano.

Assim, a retoma da produção entrará em vigor três meses depois do inicialmente previsto, uma vez que na última reunião ministerial, em junho, OPEP e aliados previam o aumento da saída de barris já em outubro.

A agência France-Presse (AFP) assinala que os preços do petróleo têm sido prejudicados, desde há vários meses, pelas incertezas económicas – destacando-se a China, o segundo maior mercado e o principal motor do aumento da procura mundial – e nos Estados Unidos da América, de onde se aguardam os resultados das eleições de 5 de novembro.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.