A economia mundial até nem vive os tempos mais previsíveis, mas os níveis de volatilidade estão muito baixos, transparecendo uma certa complacência dos mercados.

No mercado cambial, estamos a caminho do semestre com menor variação de sempre no euro/dólar. A volatilidade implícita nos preços das opções está em mínimos de cinco anos, o que significa que não só o câmbio está calmo como o mercado espera que assim permaneça.

No entanto, só em três períodos desde a criação da moeda única é que a volatilidade implícita desceu abaixo dos 6% nos prazos a seis meses e a um ano, pelo que é plausível pensar que o cenário atual irá mudar, mais cedo ou mais tarde. Também se observa uma variação bem abaixo da média histórica em outros pares de moedas, em várias commodities e nos índices acionistas.

O facto de o sistema financeiro continuar com muita liquidez e de os bancos centrais terem dado a entender que vão continuar a dar apoio monetário, parece ter uma influência decisiva na diminuição da volatilidade. Nestas fases, parece que a acalmia será para durar indefinidamente, mas… nunca é assim que as coisas acontecem.