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OPEP+. Brasil passou para o “lado negro da força”, escreve “Financial Times”

Em 2000, o “país-irmão” produzia pouco mais de um milhão de barris de petróleo bruto mas agora ultrapassa largamente os três milhões e aspira atingir muito em breve os quatro milhões por dia. Vai juntar-se à Rússia e à Arábia Saudita no grupo dos maiores produtores do mundo.
5 Dezembro 2023, 11h38

O Brasil passou para o “lado negro da força”. É assim que o “Financial Times” descreve a junção do maior país da América do Sul à OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) convenceu este país a entrar num grupo onde se destacam protagonistas como a Rússia e a Arábia Saudita.

Primeiro, o Brasil deixou de ser um ator secundário no mercado de petróleo bruto e passou a fazer parte do elenco de atores principais. Se em 2000 produzia pouco mais de um milhão de barris de petróleo bruto, agora ultrapassa largamente os três milhões e aspira atingir muito em breve os quatro milhões por dia.

Por outro lado, a Petrobras vinha negociando há meses um acordo com a gigante saudita Aramco (a petrolífera estatal do país) para desenvolver negócios conjuntos na América Latina, conforme confirmado há algumas semanas pelo presidente da maior empresa do Brasil, Jean Paul Prates.

No entanto, a grande peça deste puzzle concretizou-se há algumas semanas, quando foi anunciado que a Arábia Saudita iria investir 9 mil milhões de dólares (8.179 milhões de euros) no Brasil durante os próximos sete anos, conforme revelou o Governo no final do reunião desta terça feira em que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu-se em Riad com o príncipe herdeiro, Mohamed bin Salmán.

No entanto, a ambição do Brasil transcende o petróleo. O Brasil quer ser uma potência energética. Foi assim que o Financial Times intitulou a recente reportagem em que analisou a transformação energética que a Petrobras pretende realizar.

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